A ex-ciclista Wendy Houvenaghel, campeã olímpica nos Jogos de Pequim-2008 na prova de Perseguição Individual, acusou o ciclismo britânico de criar uma cultura de "medalha a qualquer custo" que desencadeou em uma "cultura do medo". Ela também acusou a organização de "discriminação" e de ter "zero consideração" para seu bem-estar.
Ela foi a última ciclista a se manifestar depois que Jess Varnich, Nicole Cooke e Emma Pooley criticaram o programa World Class. Houvenaghel disse à BBC que se sentiu justificada a fazer isso após vazar um relatório que detalha as falhas da Federação Britânica de Ciclismo.
O relatório disse que a federação britânica "higienizou" sua própria investigação em acusações contra o ex-diretor técnico Shane Sutton que usou de linguagem sexista para Verniz, que se tornou público em abril do ano passado.
A "British Cycling" posteriormente admitiu que não teve "atenção suficiente" ao bem-estar de funcionários e atletas à custa de ganhar medalhas, uma abordagem que Houvenaghel atestou em sua entrevista à BBC.
Houvenaghel, de 42 anos, falou com a BBC durante a semana do Estado do Esporte, que na quinta-feira (23) examina a questão do bem-estar dos atletas versus uma cultura de ganho a qualquer custo.
Uma revisão encomendada pelo governo, liderada pela 11 vezes campeã paralímpica Baronesa Grey-Thompson, em segurança e bem-estar no esporte britânico, deve ser publicado em breve. Espera-se reformas significativas destinadas a melhorar a forma como os atletas são tratados pelos órgãos de governo.
Foto: Divulgação
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