Em cerimônia realizada na sede do
Ministério do Esporte, em Brasília, os nove integrantes do Tribunal de
Justiça Desportiva Antidopagem tomaram posse. Fernanda Bini, Luísa
Parente, Marcel de Souza, Luciano Hostins, Guilherme da Silva, Gustavo
Delbin, Humberto de Moura, Tatiana Nunes e Eduardo de Rose foram os
escolhidos pela Comissão Nacional de Atletas (CNA), confederações
esportivas e Ministério do Esporte.
Aprovados na 35ª reunião do Conselho Nacional do Esporte (CNE), em 28
de novembro, os integrantes foram empossados pelo ministro do Esporte,
Leonardo Picciani, em cerimônia que contou ainda com a participação do
secretário nacional da Autoridade Brasileira de Controle de Dopagem
(ABCD), Rogério Sampaio, do secretário executivo do Ministério do
Esporte, Fernando Avelino, do secretário Nacional de Esporte, Educação,
Lazer e Inclusão Social, Leandro Cruz, e do secretário Nacional de
Esporte de Alto Rendimento, Luiz Lima.
Após a solenidade, os nove membros se reuniram na sede do ministério
para definir o nome do presidente do tribunal. O escolhido, por meio de
votação, foi Luciano Hostins. Os membros do tribunal têm mandato de três
anos, com possibilidade de recondução por outros três anos.
Com a nomeação dos integrantes do tribunal e a realização da primeira
reunião, a expectativa é de que, nos próximos dias, a Agência Mundial
Antidopagem (Wada, na sigla em inglês) declare o Brasil em conformidade
com seu código mundial, levantando a suspensão anunciada no mês passado,
durante encontro do Conselho de Fundação da entidade, em Glasgow
(Escócia).
O ministro Leonardo Picciani elogiou a formação do tribunal e disse
acreditar que se trata de um passo importante no combate ao doping no
país: "A evolução do controle de dopagem é um legado dos Jogos Rio 2016.
Iniciamos uma página fundamental para o esporte brasileiro".
"Estou feliz com a configuração do tribunal, particularmente com a
participação da Luísa Parente e do Marcel, ex-atletas", destacou o
secretário nacional da ABCD, Rogério Sampaio, referindo-se à ex-ginasta e
ao ex-jogador de basquete da seleção brasileira.
"Temos advogados, médicos do esporte e, principalmente, atletas, o
mais importante em um grupo que vai julgar outros atletas", acrescentou
Eduardo de Rose, membro do tribunal. Um dos maiores especialistas do
país no combate ao doping, De Rose será homenageado nesta quinta-feira
(15.12), em Porto Alegre. Ele receberá o título de Professor Emérito da
Escola de Educação Física, Fisioterapia e Dança (Esefid) da Universidade
Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).
Justiça Desportiva Antidopagem
Criada pela lei 13.322/2016, a Justiça Desportiva Antidopagem (JAD) é
formada por um Tribunal e por uma Procuradoria. Ambos dotados de
autonomia e independência para o julgamento das violações às regras
antidopagens. Com a JAD, o Brasil entra em conformidade com a convenção
assinada com a Unesco por diversos países no compromisso de criar
tribunais únicos para tratar de casos de doping.
O Tribunal e seus nove membros têm competência para julgar apenas os
casos referentes à dopagem, ou seja, não substituem os tribunais de
Justiça Desportiva das confederações brasileiras.
Foto: Ministério do Esporte
0 Comentários