O II Torneio Quatro Nações Feminino de Handebol marca o recomeço da seleção Brasileira. Após um ciclo vitorioso, com o inédito título
Mundial e com a campanha nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, a
partir de agora, o foco está totalmente voltado para resultados em longo
prazo. Nesta semana, de quinta-feira (1) a sábado (3), a torcida de
Belém e região poderá ver um pouco da renovação do grupo. Os
confrontos com Cuba, Eslováquia e Uruguai serão no Ginásio do
Mangueirinho.
Com a ausência de nomes importantíssimos para a Seleção, como as
pivôs Daniela Piedade e Fabiana Diniz, a Dara, da ponta direita
Alexandra Nascimento, da armadora Deonise Fachinello e da goleira Mayssa
Pessoa, essa é a chance de conhecer melhor o trabalho de 'caras novas'.
Por isso, o técnico da equipe, o dinamarquês Morten Soubak, manteve a
base do time, mas integrou algumas jovens e promissoras atletas, a
maioria delas já atuando fora do Brasil. Para o treinador, a competição
será essencial para entrosar o grupo, com média de idade de 25 anos.
"Eu penso, sinceramente, que todas as atletas precisam de alguns
dias para se acostumarem com a nova equipe. Para as que já faziam parte
do time, faz um tempo que não treinamos juntos. Já outro grupo faz algum
tempo que não integrava a equipe adulta e tem ainda uma estreante. Por
isso, foi importante fazermos alguns treinos para elas pegarem ritmo.
Está claro para nós que estamos fazendo tudo o que é possível para nos
prepararmos bem para os três jogos do Quatro Nações, mas decidimos que
vamos concentrar o trabalho em poucas coisas para que sejam bem
executadas. Então, não teremos nada de muito diferente, até porque quem
chegou agora não vai aprender tudo em apenas uma semana. Isso leva
tempo. Vamos devagar e com uma certa dose de paciência, pensando no
futuro", explicou.
Sobre as novas atletas que estão integrando a equipe, Morten tem
boas expectativas. "Grande parte das mais jovens já atuaram pelas
Seleções Juvenil e Júnior, além de fases de treinamento da categoria
adulta. É sim uma nova geração, mas elas não são tão novas em relação à
experiência. A única estreante mesmo na Seleção da categoria é a
Raphaela", lembrou Morten.
Na primeira oportunidade na Seleção Adulta, Raphaela Priolli, de
27 anos, quer agarrar a oportunidade com 'unhas e dentes'. Para a
armadora direita, o objetivo é absorver ao máximo toda a experiência
adquirida com a convivência com outras atletas. "Eu fiquei feliz por
estar nessa fase da Seleção e por jogar com as melhores do Mundo. Elas
são muito experientes e quero aproveitar essa oportunidade. Claro que o
nervosismo bate, mas espero me soltar cada dia mais e treinar melhor.
Quero mostrar tudo o que eu sei dentro de quadra", mencionou.
Raphaela ressaltou ainda a alegria por estar treinando em Belém desde a última sexta-feira (25) e pela receptividade do povo da
capital paraense. "As pessoas daqui são muito alegres e estão nos
tratando super bem. A recepção que tivemos já aeroporto foi sensacional.
Espero que nos dias dos jogos o ginásio do Mangueirinho esteja lotado e
com todos torcendo por nós", afirmou a atleta, que atua pelo SGH
Rosengarten-Buchholz, da Alemanha.
Foto: Divulgação
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