O fundo de investimento catari QSI investiu cerca de 2,5 milhões de
euros numa sociedade de marketing esportivo dirigida pelo filho do
ex-presidente da (Federação Internacional de Atletismo (IAAF) para conseguir os Mundiais de Atletismo de 2017,
revelou na sexta-feira (18) o jornal 'Le Monde'.
A notícia do diário francês, diz que Papa Massata Diack, filho de Lamine Diack, presidente da IAAF entre 1999 e 2015, é sustentada por documentos, principalmente os comprovantes de duas transferências no valor total próximo dos 2,5 milhões de euros.
A notícia do diário francês, diz que Papa Massata Diack, filho de Lamine Diack, presidente da IAAF entre 1999 e 2015, é sustentada por documentos, principalmente os comprovantes de duas transferências no valor total próximo dos 2,5 milhões de euros.
Este
montante foi transferido pela Oryx Qatar Sports Investments (QSI) para a
sociedade Pamodzi Sports Consulting, dirigida por Papa Massata Diack,
em duas tranches: a primeira a 13 de outubro, e a segunda a 07 de
novembro de 2011.
Semanas antes, em 5 de setembro, a cidade de
Doha anunciou a sua candidatura para receber os Mundiais de Atletismo de 2017.
Quatro dias depois da segunda transferência, Londres, que tinha entrada
na corrida depois da capital do Qatar, acabou por garantir a organização
do evento.
Em 2013, o Qatar conseguiu obter a organização dos
Mundiais de 2019, superando Eugene (USA) e Barcelona (ESP),
comprometendo-se a investir 32 milhões de euros em patrocínios e
direitos televisivos.
Consultor da IAAF até 2014, Papa Massata
Diack é suspeito de ser um dos elementos centrais do sistema de
corrupção instalado no topo da Federação para
encobrir os casos de doping no atletismo russo em troca de dinheiro.
Em
janeiro, a Interpol emitiu um mandado de captura para Papa Massata
Diack. O senegalês é procurado na França "por suborno, lavagem de
dinheiro e acusações de corrupção", num processo em que o pai, que saiu
da presidência da IAAF antes de ser acusado pela justiça francesa,
também está envolvido.
Contactados pelo 'Le Monde', tanto o ex-consultor da IAAF, como o QSI recusaram-se a comentar as acusações.
Foto: Reuters
Informações de: Diário Record
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