A Justiça federal de São Paulo resolveu acatar pedido do ministério público e retirar Coaracy Nunes da presidência da CBDA(Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos), cargo que ele ocupa desde 1988. Também foram afastados Luiz Soares (vice-presidente), Ricardo de Moura (diretor-executivo e candidato à sucessão do mandatário) e Sergio Alvarenga (diretor financeiro).
O MP-SP ajuizou ação civil pública de improbidade administrativa contra os quatro dirigentes. A indisponibilidade dos bens dos envolvidos, solicitada pelo MP, no entanto, não foi aceita. Essa é uma decisão liminar. O mérito da denúncia ainda não foi analisado. O juiz responsável é Heraldo Garcia Vitta, da 21ª Vara Federal Cível de São Paulo.
Segundo despacho assinado pelo juiz, todos eles estão "proibidos de praticar quaisquer atos jurídicos em nome e em face da CBDA". O magistrado ainda pediu que o Ministério do Esporte indique "profissional idôneo, se possível integrante de outras confederações desportivas, a fim de exercer as funções administrativas e executivas da entidade". Não há prazo para que isso aconteça, e o presidente do conselho fiscal da instituição que comanda os esportes aquáticos em âmbito nacional será o responsável até a nomeação do interventor.
A ação do Ministério Público Federal acusa os dirigentes da CBDA de improbidade administrativa e fraudes em licitações para aquisição de itens esportivos com verbas federais. Segundo o texto, os danos ao erário passariam de R$ 1,5 milhão em valores atuais.
Ainda de acordo com a petição, que faz parte da Operação Águas Claras da Polícia Federal, serviço de auditoria contratado pelo próprio MPF identificou ilicitudes como empresas de fachada, vínculo entre companhias participantes de licitações e falta de comprovação de que os produtos comprados com recursos federais foram efetivamente recebidos pela CBDA.
foto: divulgação/CBDA
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