A República Tcheca e o mundo da ginástica estão de luto. morreu ontem, aos 74 anos, a ginasta tcheca Vera Caslavska, dona de onze medalhas olímpicas, sendo sete de ouro. Segundo a agência CTK, ela faleceu devido a complicações de um câncer no pâncreas que foi descoberto em 2015.
Vera conquistou três ouros em Tóquio (individual geral, salto e trave) e quatro na Cidade do México (individual geral, solo, salto e barras assimétricas).
Estes ouros em 1968 tiveram significado especial, pois a invasão soviética à Tchecoslováquia era iminente e Caslavska queria vencer as ginastas soviéticas para se 'vingar' da futura invasão, que aconteceu um pouco depois do fim dos jogos de 1968.
"Eu queria muito vencer os ginastas que representavam um país cujo exército invadiu o meu. Eu tinha muito boas relações com Larissa Latynina e outras ginastas soviéticas, mas, no México, proibiram-nas de falar connosco, os revolucionários", contou a ginasta, em 2012, antes da apresentação do documentário "Vera 68".
Uma lembrança duradoura daqueles Jogos é o protesto silencioso de Caslavska, quando ela abaixou a cabeça no pódio quando o hino soviético foi tocado na provas por equipes e na barras assimétricas, quando ela ficou com a prata.
A ginasta foi eleita a melhor desportista mundial em 1968, um ícone da contestação ao regime comunista na então Checoslováquia e considerada uma das duas mulheres mais populares do mundo, juntamente com Jacqueline Kennedy.
Vera Caslavska também foi tetracamapeã mundial, além de 11 títulos europeus. Nenhuma ginasta bateu o número de medalhas olímpicas conquistadas por ela até hoje. Além disso, é a única que possui medalhas nos Jogos olímpicos em todas as modalidades da ginástica artística (individual geral, solo, trave, barras assimétricas e salto).
Foto: montagem/blesk.cz
"Eu queria muito vencer os ginastas que representavam um país cujo exército invadiu o meu. Eu tinha muito boas relações com Larissa Latynina e outras ginastas soviéticas, mas, no México, proibiram-nas de falar connosco, os revolucionários", contou a ginasta, em 2012, antes da apresentação do documentário "Vera 68".
Uma lembrança duradoura daqueles Jogos é o protesto silencioso de Caslavska, quando ela abaixou a cabeça no pódio quando o hino soviético foi tocado na provas por equipes e na barras assimétricas, quando ela ficou com a prata.
A ginasta foi eleita a melhor desportista mundial em 1968, um ícone da contestação ao regime comunista na então Checoslováquia e considerada uma das duas mulheres mais populares do mundo, juntamente com Jacqueline Kennedy.
Vera Caslavska também foi tetracamapeã mundial, além de 11 títulos europeus. Nenhuma ginasta bateu o número de medalhas olímpicas conquistadas por ela até hoje. Além disso, é a única que possui medalhas nos Jogos olímpicos em todas as modalidades da ginástica artística (individual geral, solo, trave, barras assimétricas e salto).
Foto: montagem/blesk.cz
0 Comentários