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Enredo se encaixa e Rafaela Silva conquista o primeiro ouro do Brasil nos Jogos Rio 2016

Rafaela Silva com a medalha Rio 2016

Junto com o terceiro dia de judô nas Olimpíadas do Rio veio também uma carga extra de pressão pela primeira medalha brasileira na modalidade. Rafaela Silva, campeã mundial em 2013 na própria cidade do Rio de Janeiro, foi a responsável por chamar a responsabilidade e ter um dia perfeito na Arena Carioca 2.

A primeira luta foi contra a alemã Miryam Roper, terceira colocada no próprio Mundial do Rio de Janeiro. Com uma expressão séria e uma iniciativa que faltou durante várias competições pré-olímpicas, Rafaela aplicou um ippon com 46 segundos de luta, sem qualquer chance para uma eventual surpresa.

Nas oitavas a adversária foi a sul-coreana Kim Jan-di, campeã do Grand Slam de Paris em 2016 e com uma surpreendente segunda posição no ranking mundial. A brasileira controlou as ações, forçou dois shidos e então aplicou um wazari. No minuto final, bastou para Rafaela administrar a diferença.

As quartas de finais trouxeram uma conhecida de uma situação traumática para Rafaela Silva. Foi diante da húngara Hedvig Karakas que a brasileira acabou eliminada por uma catada de perna em Londres 2012.

No Rio, no entanto, não teve trauma ou qualquer outro fator que pudesse frear o ímpeto da brasileira contra Karakas. Com um wazari na marca de 1 minuto e 50 segundos de luta, Rafaela Silva novamente teve o controle da luta até o término dos quatro minutos regulamentares.

As semifinais tiveram a luta mais dramática de toda a campanha da brasileira. Os quatro primeiro minutos ocorreram sem pontuação e com apenas um shido para cada lado. Veio o golden score. Os segundos passavam e aumentavam, proporcionalmente, o nervosismo do público brasileiro na Arena Carioca 2.

Somente quando o relógio já passava dos sete minutos de luta é que veio a pontuação derradeira. Rafaela Silva aplicou um wazari para garantir lugar na final, contra a mongol Sumiya Dorjsuren, líder do ranking mundial e que - ao contrário da brasileira - vinha de um ippon rápido contra a campeã olímpica e bi mundial Kaori Matsumoto na outra semifinal.

A atmosfera criada pela torcida brasileira foi o ingrediente necessário para reverter a vantagem do desgaste que a mongol poderia ter. Diante de uma torcida que gritou durante quatro minutos, Rafaela aplicou um wazari - que inicialmente chegou a ser confundido com um ippon - com um minuto de combate. 

Atônita, a mongol pouco conseguiu fazer para ameaçar o ouro brasileiro. Com o término da luta, veio a comemoração do primeiro ouro olímpico do Brasil em casa. "Eu estou muito feliz com o resultado, eu treinei e me dediquei bastante nesses dois últimos anos e o resultado veio de acordo com o meu treinamento", disse Rafaela após a final.

Sobre a torcida, a brasileira comentou que "ajudou bastante, foi fundamental na pressão diante dos adversários. O ginásio estava tremendo, todo mundo gritando, me incentivando a cada luta".

Foto: IJF

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