Assim como aconteceu nos Jogos Olímpicos, os atletas refugiados
também terão vez nos Jogos Paralímpicos Rio 2016. O Comitê Paralímpico
Internacional (IPC) anunciou na sexta (26) que o sírio Ibrahim
Al-Hussein, da natação, e o iraniano Shahrad Nasajpour, do atletismo,
participarão da primeira edição dos Jogos na América do Sul como
integrantes da equipe de Atletas Paralímpicos Independentes, que compete
sob a bandeira do IPC.
Al-Hussein, que teve parte da perna direita amputada após uma
explosão durante a guerra em seu país e vive atualmente em Atenas, na
Grécia, disputará as provas dos 50m e 100m livres da classe S10. O sírio
participou do revezamento da tocha Olímpica Rio 2016, quando carregou o
símbolo em um campo de refugiados em Eleonas, na Grécia.
“Eu sonho com esse momento por 22 anos. Pensei que meu sonho tinha
acabado quando perdi minha perna, mas agora ele voltou de verdade. Mal
posso acreditar que vou ao Rio”, comentou o sírio, que também pratica
basquetebol e judô.
Nasajpour, nascido no Irã, vive atualmente nos Estados Unidos onde
dedica-se ao atletismo. O atleta tem paralisia cerebral e disputará a
prova do lançamento do disco da classe F37.
Os dois atletas contam com apoio do IPC e também da Agência da ONU
para Refugiados (UNHCR), além de outros parceiros. Nos Jogos Rio 2016,
eles também terão à disposição uma equipe formada por chefe de missão,
gerente e técnico. A delegação dos Atletas Paralímpicos Independentes
será a primeira a entrar no Maracanã no desfile das delegações na
cerimônia de abertura dos Jogos, que acontece no dia sete de setembro.
“Estes atletas irão ajudar a aumentar o conhecimento sobre a situação
que milhares de refugiados e expatriados passam, precisando tomar
decisões difíceis, mesmo com suas deficiências. Eles vão valorizar a
causa da inclusão social e vão contribuir com a disseminação dos valores
Paralímpicos de coragem, determinação, inspiração e igualdade por todo o
mundo”, disse Tony Sainsbury, chefe de missão da equipe no Rio 2016.
Foto: UNHCR
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