Após visita de comitiva do governo federal ao Parque Olímpico da
Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, o
secretário-executivo do Ministério de Minas e Energia (MME), Luiz
Eduardo Barata, garantiu o fornecimento e suprimento de energia elétrica
durante os Jogos de 2016.
O grupo formado pelo presidente da
Autoridade Pública Olímpica (APO), Marcelo Pedroso, pelo assessor
especial de Grandes Eventos do Ministério do Esporte, Joel Benin, e por
representantes da Eletrobras e de Furnas, visitou a subestação olímpica
de energia, o Centro Internacional de Transmissão (IBC, na sigla em
inglês) e o Centro de Mídia (MPC).
"Estamos absolutamente seguros de que vamos estar com tudo isso
pronto antes do prazo. Os orçamentos foram cumpridos e isso mostra a
capacidade que temos de fazer as coisas quando elas são bem planejadas.
Realmente é surpreendente todo esse complexo e o quanto se necessita de
energia para poder fazer frente a um evento desse porte, como as
Olimpíadas, o numero de países que estarão aqui, a quantidade de energia
necessária. Mas temos certeza de que vai correr tudo bem", afirmou
Barata.
O presidente da APO lembrou que a subestação olímpica foi entregue
dentro do prazo, em maio do ano passado, e isso dá segurança ao governo
federal para o cumprimento de todas as exigências do Comitê Olímpico
Internacional (COI). "Agora estamos numa fase de interligação dessa
estrutura para receber todas as conexões para as instalações dentro do
Parque Olímpico, então a gente está seguro de que do ponto de vista da
energia elétrica temos total condição de cumprir as exigências dentro do
prazo. Isso vai permitir que a gente demonstre para o mundo a
capacidade que o Brasil tem de produzir, distribuir e garantir energia
elétrica com qualidade e eficiência, da forma como os Jogos exigem para
garantir o desempenho dos atletas", afirmou.
Como a estabilidade do suprimento de energia é essencial para o
funcionamento dos sistemas de cronometragem e medição das provas
olímpicas, bem como para a transmissão, sem falhas, das imagens dos
Jogos, há preocupação especial com a energia elétrica. O Ministério das
Minas e Energia construiu a Subestação Olímpica 138/13,8 kV, com quase
15 km em ramais subterrâneos para fornecimento de energia elétrica para o
Parque Olímpico da Barra, no valor de R$ 152,8 milhões.
Além disso, o MME promoveu o reforço da rede de média tensão de
energia para atendimento das instalações de competição na região dos
clusters de competição, com investimentos de R$ 40 milhões, e destinou
R$ 290 milhões para o fornecimento de energia temporária. “Em termos de
energia está tudo pronto, dentro do prazo, com o orçamento previsto
anteriormente, só aguardando o início dos Jogos. Eu diria que no caso de
alimentação elétrica estamos 100%”, disse Denner Zacchi, diretor do
Departamento de Infraestrutura do Ministério do Esporte.
A estrutura elétrica necessária para alimentar o Parque Olímpico e o
Complexo de Mídia impressiona. Apenas para atendimento do Complexo de
Mídia – de onde serão geradas mais de 7 mil horas de transmissões
televisivas ao vivo durante os Jogos Olímpicos e Paralímpicos – foram
necessários 1.000 km de cabos, para fornecer uma carga elétrica que
equivale ao consumo de seis Maracanãs ou de uma cidade com cerca de 30
mil habitantes.
O Complexo de Mídia, que vai receber os profissionais de imprensa
durante os jogos e prover a estrutura necessária para as transmissões e
trabalho de cobertura dos eventos, tem 145 mil metros quadrados de área.
A visita ao IBC e ao MPC foi conduzida pela gerente-geral do Complexo,
Michele Naili, que destacou que o IBC já foi entregue para a instalação
das estruturas de transmissão dos eventos e que, em maio, as emissoras
de TV de todo o mundo já começam a montagem de suas estruturas. Segundo
Michele, 95 emissoras internacionais de televisão estarão no IBC.
Estima-se que, a cada dia, 10 mil profissionais de mídia circulem pelo
Complexo de Mídia, com pico estimado de 15 mil pessoas no local em um
dia.
Construída pela Sociedade de Propósito Específico Energia Olímpica,
composta pela Light (51%) e Furnas (49%), a Subestação Olímpica é uma
subestação transformadora de alta (138 kV) para média tensão (13,8 kV),
com potência total de 120 MVA. O empreendimento conta com três
transformadores trifásicos (138/13,8 kV de 40 MVA cada), isolados a óleo
vegetal, 51 módulos de 13,8 kV, seis conjuntos de bancos de
capacitores, além de sistema digital para proteção e automação.
Luiz Eduardo Barata lembrou que haverá esquema especial para o
fornecimento de energia durante as Olimpíadas e Paralimpíadas, com
atenção especial ao Rio durante os jogos. Light e Furnas terão regime
diferenciado, com operadores em todas as instalações, mesmo aquelas que
podem ser operadas remotamente. Mais equipes serão destacadas para
operação in loco em pontos próximos aos Jogos. A manutenção das
instalações elétricas também terá tratamento diferenciado, dois dias
antes e dois depois dos Jogos.
Atletas
As atletas Fernanda Keller (triatlo) e Juliana Veloso (saltos
ornamentais), junto da ex-jogadora de vôlei Isabel, acompanharam a
visita da comitiva do governo federal. Para Isabel, que participou dos
Jogos de Moscou-1980 e Los Angeles-1984, como atleta do vôlei, e dos
Jogos de Atlanta-1996, como comentarista, já é possível projetar como
será o evento. “Eu acho especial você imaginar como vai ser, andar aqui.
Olimpíada é um evento que tem uma atmosfera tão particular que é muito
legal imaginar como vai ser aqui”, disse.
Foto: Furnas
0 Comentários