Foi o sexto evento-teste realizado na Arena Carioca 1, no Parque 
Olímpico da Barra. Mesmo já avaliada minuciosamente, alguns aspectos 
específicos do judô puderam ser monitorados durante os dois dias de 
lutas. Com a estrutura aprovada por atletas e dirigentes, do Brasil e de
 delegações estrangeiras, a competição foi encerrada na quarta-feira 
(9.3) com nove medalhas para os donos da casa.
“Neste evento testamos a área de competição, a parte de resultados e 
de apresentação do esporte, o serviço para os atletas, vestiários, 
operação, além dos nossos voluntários e a nossa equipe de gestão”, 
explicou Rodrigo Garcia, diretor de esporte do Comitê Rio 2016. “O judô é
 um esporte tradicional no Brasil e que sempre briga por medalhas. 
Então, você escutar dos times que a instalação é do nível dos Jogos 
Olímpicos é extremamente satisfatório”, acrescentou.
De acordo com o gestor de alto rendimento da Confederação Brasileira 
de Judô (CBJ), Ney Wilson, a aprovação foi internacional. “As equipes 
estrangeiras estão gostando bastante. A direção da FIJ (Federação 
Interacional de Judô) também está empolgada com o ambiente, com a forma 
como a equipe foi treinada para trabalhar”, contou. “Eles estão bastante
 impressionados com a grandiosidade, a beleza e o conforto das 
instalações. A avaliação é muito positiva”, completou.
Como as lutas durante os Jogos Olímpicos serão realizadas na Arena 
Carioca 2, a comissão técnica e os atletas da equipe principal do Brasil
 aproveitaram a oportunidade para conhecer a instalação, vizinha ao 
palco do evento-teste. “É bem parecida e está muito legal, com estrutura
 perfeita para o judô”, comentou a técnica da seleção feminina, 
Rosicléia Campos, que já vive a expectativa para a estreia olímpica no 
Brasil. “Fizemos um treino na segunda-feira e vimos um ensaio da 
premiação. Para o primeiro lugar, sempre falavam o Brasil. Eu fiquei 
falando ‘yes, yes’, imaginando e querendo que chegue logo”, brincou.
Os atletas da seleção olímpica, poupados do evento-teste, 
acompanharam as disputas das arquibancadas. “Acho que é importante ter 
esta experiência e ver como é o ambiente, afinal a gente tem que usar a 
vantagem de estar em casa. Temos que tomar isso aqui como o nosso lugar,
 para que aquela pressão que todo mundo fala seja a nosso favor”, opinou
 Victor Penalber (categoria -81kg). “Eu achei a arena e a estrutura 
muito boas, as pessoas vão gostar no dia. Agora é só esperar o momento”,
 acrescentou a campeã olímpica Sarah Menezes (-48kg).
Privilégio
Igor Pereira, atleta do Instituto Reação, nem estava na lista dos 
convocados pela CBJ, competindo apenas pelo clube, mas impressionou e 
comemorou o bronze. “Foi um privilégio competir onde serão as Olimpíadas
 e mostrar que sou capaz de conseguir resultados até em outra 
categoria”, afirmou o atleta, que costuma lutar no peso -73kg. “É minha 
estreia em um evento como este e me senti como se estivesse lutando as 
Olimpíadas. Sem palavras para descrever a sensação de subir nesse tatame
 e mostrar o meu judô”, contou.
Prata no -63kg, após ser derrotada na final pela japonesa Kaho 
Yonezawa, a britânica Bekky Livesey também aprovou a experiência. “Eu 
nunca tinha lutado numa arena tão grande antes. Acho que a atmosfera 
estava boa aqui hoje, não consigo nem imaginar como será nas 
Olimpíadas”, disse. “Achei a arena muito bonita, fácil de se 
identificar, com acessos tranquilos”, opinou Rafael Macedo (-81kg), 
eliminado nas oitavas de final pelo japonês Ogata. “Já é uma experiência
 de sentir um pouco o clima, na estrutura, no ginásio, com todo modelo 
de competição olímpica. Você vai ganhando uma experiência desde jovem”, 
acredita o brasileiro.
Foto: Brasil 2016
 
 
 

0 Comentários