O cuidado com os cavalos que participam das provas
de hipismo nos Jogos Rio 2016 começa no embarque dos animais no país de
origem e termina na segurança sanitária no Parque Olímpico de Deodoro,
local de disputas das provas da modalidade. A ministra de Agricultura,
Pecuária e Abastecimento, Kátia Abreu, conferiu as instalações dando continuidade à agenda do Governo Federal para
afinar os preparativos para o megaevento. Ela assegurou que a área está
pronta para receber os equinos, que começam a chegar ao país em julho.
“Esse trabalho começou a ser feito há dois anos, limpando a
área de pequenos animais, pragas e doenças. Conseguimos fazer o vazio
sanitário e declarar essa área livre de doenças de equinos. Esse
reconhecimento pela Organização Mundial de Saúde Animal é da maior
importância”, afirmou Kátia Abreu, fazendo referência ao documento do
órgão internacional que atesta a biossegurança do Centro de Hipismo.
O ministério criou uma área de segurança, que compreende o
percurso do Galeão ao Parque de Deodoro, o chamado “vazio sanitário”.
Os animais são atestados em seus países de origem, desembarcam no
aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro, e são transportados em caminhões
lacrados para os locais de competição. A ação será toda fiscalizada
pelo Governo Federal.
“Os cavalos têm um chip subcutâneo, colocado no pescoço.
Os veterinários dos países de origem atestam que os exames exigidos
foram feitos. Os cavalos têm um passaporte em papel, que atesta as
vacinas que eles tomaram e traz as informações que estão no chip. Esta
fiscalização é feita na chegada deles ao país”, explica o coronel Sérgio
Bernardes, coordenador geral das instalações olímpicas da região.
Os cavalos do Exército, que ficavam na Vila Militar, onde
está o Parque Olímpico, foram retirados há mais de seis meses do local,
para evitar qualquer tipo de contaminação. Prazo maior que o exigido nas
regras internacionais. “Tecnicamente, esse período elimina a
possibilidade de termos qualquer tipo de vírus ou bactéria que possam
causar doenças. O trabalho agora é de manutenção”, complementa
Bernardes.
Mormo
A segurança biológica eliminou também a possibilidade da
presença de bactérias como a que transmite o mormo - enfermidade
equestre que afeta o sistema respiratório e é letal -, que gerou certa
preocupação após diagnóstico positivo em um cavalo originário do
Espírito Santo e que transitou pela Vila Militar no primeiro semestre do
ano passado. “Cumprimos, de forma rigorosa, todas as regras
internacionais de movimentação e permanência de animais e qualquer risco
na região foi eliminado”, garantiu a ministra.
Para a ministra Kátia Abreu, a experiência adquirida pelos
técnicos brasileiros para cumprir todas as normas sanitárias
internacionais será o maior legado olímpico para o setor. “Diante de
todo o trabalho de biossegurança realizado para receber os Jogos, o
ministério cresceu. Os fiscais federais e os técnicos se aprimoraram e
até a ministra aprendeu sobre o assunto. Toda essa experiência é o maior
legado para nós”.
Foto: Ministério do Esporte
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