Restam alguns dias até que a equipe feminina da seleção
brasileira faça história como a primeira do país a disputar a primeira
divisão do Mundial por Equipes, em Kuala Lumpur, na Malásia. Para o
técnico Hugo Hoyama, o momento é de aproveitar a grande oportunidade.
“Independente do que temos pela frente este ano, agora temos que pensar
somente no Mundial. Estaremos jogando contra as melhores do mundo,
então vamos entrar sem pressão e só o fato de estar lá já é uma
motivação extra para toda a equipe”, resumiu o treinador.
Sob o comando do ex-jogador, a seleção sagrou-se campeã da segunda
divisão do Mundial por Equipes em 2014, em Tóquio, conquistando a vaga
inédita. E como não poderia ser diferente, as lições daquela competição
estarão mais do que presentes em 2016.
“O grande ponto positivo que acho que elas devem tirar daquele título é
se concentrar bem e colocar o máximo de bolas na mesa. Até então elas
erravam muito sozinhas. Claro que isso sempre acontece, mas o nível alto
já é difícil por si só, então temos que dar chance para as adversárias
errarem, esse é o grande aprendizado”, destacou Hoyama.
Daquele time campeão, seguem para esta edição Lin Gui (130ª), Caroline
Kumahara (139ª) e Ligia Silva. No lugar de Jessica Yamada (215ª), entra a
jovem Bruna Takahashi (158ª), atual campeã mundial infantil individual e
por equipes (com a América Latina). Recentemente, na disputa do
Latino-Americano adulto, as quatro demonstraram força: levaram o título
por equipes e todas as medalhas individuais da competição.
“O momento é sempre importante. A confiança e a motivação depois de
conquistar grandes resultados fica em alta, mesmo que o nível seja
diferente do Latino para o Mundial. Agora temos que chegar lá e fazer as
jogadas que gostamos de fazer, deixar a responsabilidade para as
outras, isso que eu mais tento colocar na cabeça delas”, apontou Hugo.
Além das medalhas em Porto Rico, o entrosamento da equipe fora da mesa
também foi uma conquista que, segundo Hoyama, já refletiu naqueles
resultados. Ele ainda destacou a postura da mais experiente do grupo:
Ligia Silva, de 34 anos.
“O relacionamento é excelente. Lá no Latino a Ligia deu muita força
para a Bruna, elas inclusive dividiram quarto. Hoje ela tem um papel
extremamente importante, deixou de ser uma menina mais fechada e está
ajudando demais toda a equipe, vibrando. É legal trabalhar assim e estou
muito satisfeito com o grupo que temos hoje”, elogiou o técnico.
Na Malásia, a seleção compõe o grupo B, que tem Japão, Alemanha, Coreia
do Norte, República Tcheca e Tailândia. Na avaliação de Hugo, é
possível sonhar com algumas vitórias, sempre apostando na concentração.
“Sabíamos que não daria para fugir das pedreiras, pois a competição tem
um nível muito elevada. Mas eu já vi diversas jogadoras do nosso grupo
que acredito que podemos vencer. É entrar com confiança e pensar jogo a
jogo. Sei que qualquer vitória será comemorada igualmente por todas,
seja lá quem for”, finalizou Hoyama.
Foto: Divulgação
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