Um pouco menos de inclinação na rampa que dá acesso
ao palco e um cuidado maior na apresentação dos atletas. Esses são
exemplos de detalhes que sofrerão mudanças até os Jogos Paralímpicos na
competição de halterofilismo. O balanço foi considerado bastante
positivo pela organização após a etapa do Rio da Copa do Mundo da
modalidade, finalizada no último sábado (23.01), na Arena Carioca 1 do
Parque Olímpico da Barra, e que é evento-teste para o Rio 2016.
“Faremos apenas pequenas mudanças. O bom é que são coisas
que vocês nem viram, e isso mostra o quão positiva pode ser a competição
nos Jogos. De forma geral, foi tudo muito bem e deu uma ideia do que
vai ocorrer em setembro. E isso é só uma amostra. Nos Jogos, você terá
os campeões mundiais reunidos”, disse Jon Amos, chairman de
halterofilismo no Comitê Paralímpico Internacional (IPC, na sigla em
inglês).
“O retorno que tivemos dos atletas e dos treinadores é o
melhor possível. Os atletas elogiaram a área de aquecimento, a área de
competição, conheceram um modelo novo de apresentação esportiva. Faremos
uma pequena modificação no palco na forma como colocamos as rampas.
Outro detalhe: o tipo de magnésio que eles utilizam é em pó, e optamos
por utilizar em bloco, primeiro porque ele dá mais aderência para o
atleta e segundo que faz muito menos sujeira. Os atletas adoraram, os
treinadores apoiaram a decisão e vamos manter para os Jogos”,
acrescentou Pedro Meloni, gerente de Levantamento de Peso e
Halterofilismo do Comitê Organizador Rio 2016.
Antidoping
O antidoping também passou por um teste importante na Copa
do Mundo de Halterofilismo. A competição paralímpica exige algumas
adaptações que foram repassadas aos agentes da Autoridade Brasileira de
Controle de Dopagem (ABCD) em curso realizado com o IPC antes da
competição.
“Esse evento é particularmente importante. É necessário
ter cautela com todos os caminhos que vão ser percorridos e também nos
preocupamos com o conforto dos atletas. Temos que recebê-los bem, a
estação (de coleta) tem que estar preparada, com as dimensões corretas, e
estamos cuidando disso”, disse Marta Dallari, diretora de Relações
Institucionais da ABCD.
“A turma que foi formada na ABCD provavelmente vai estar
trabalhando nos Jogos. Fizemos teste de sangue e de urina, todo o
protocolo foi seguido e o fato de o laboratório ter sido reacreditado no
Rio dá uma rapidez muito grande no processamento. Uma vez que as
amostras são coletadas, a gente consegue transportá-las no mesmo dia e
isso é muito positivo”, acrescentou Maria Fernanda Frias, observadora do
controle de dopagem da competição.
Foto: CPB
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