Um dos esportes mais antigos dos Jogos Olímpicos, a luta olímpica se
adaptou à modernidade. Após quase ficar de fora do programa da edição
de Tóquio 2020, o esporte partiu para a ofensiva: reformulou regras do
estilo livre para tornar as disputas mais dinâmicas e ampliou a
participação feminina. A primeira avaliação da luta olímpica reformulada
será realizada neste fim de semana (30 e 31 de janeiro), com o
Wrestling Lady’s Open, evento-teste do estilo livre. Ao todo, 65 atletas
de oito países competem na Arena Carioca 1, no Parque Olímpico da
Barra.
A Federação Internacional de Luta Olímpica (World Wrestling) promoveu mudanças no
regulamento, como o tempo de embate. Os confrontos passam de três rounds
de dois minutos para dois de três minutos e com pontuação cumulativa.
Isso tornou a luta mais dinâmica já que os lutadores têm mais tempo em
cada round para finalizar o oponente e ganha quem faz mais pontos.
Aumentar o número de mulheres no esporte era outro ponto crítico na
nova fase do esporte. Novas categorias foram incluídas no estilo livre
feminino – entraram 58kg, 53kg, 69kg e 75kg e saíram 55kg e 72kg -,
todas presentes no evento-teste deste fim de semana.
O evento-teste na Arena Carioca 1 traz alguns dos principais nomes da
luta para o Rio de Janeiro seis meses antes da competição olímpica.
Entre eles está a russa Natalia Vorobieva, campeã mundial na categoria
até 69kg e medalha de ouro em Londres 2012 na extinta categoria até
72kg. Outra favorita é a americana Adeline Gray, bicampeã mundial e
campeã dos Jogos Pan-Americanos Toronto 2015. Ambas já conquistaram a
classificação para o Rio 2016.
Na equipe do Brasil, o destaque é Aline Ferreira, que ficou conhecida
por ser a primeira brasileira a conquistar medalha em um mundial (ela
foi prata no Uzbequistão, em 2014). Focada no Rio 2016, Aline quer
aproveitar o evento-teste para medir as oponentes.
"Vai dar pra ter uma boa prévia do que teremos na Olimpíada. Vou
poder sentir o gosto de competir com adversárias duras em casa, o que
para mim vai ser a principal vantagem . Quero usar o evento para estudar
as competidoras, pensar na minha estratégia e ver como eu vou me sentir
quando chegar a hora, para entrar no clima. Acho que isso vai
contribuir muito para a minha preparação."
Foro: Flávio Perez/Onboard Sports
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