Quero desejar antes de mais nada um Feliz 2016. E ao que tudo indica,não teremos um ano feliz para o basquete feminino. Na queda de braço iniciada entre colegiado de clubes do LBF e a CBB, quem saiu perdendo foi o basquete feminino, tão combalido, que do jeito que as coisas estão, viraremos um saco de pancadas mundial. O evento teste, teremos jogadoras juvenis, que jogam na segunda divisão do campeonato paulista, jogadora que siau do clube por falta de salários e as jogadoras que resolveram se apresentar e furar o boicote. Não temos nossa força máxima e nem temos uma solução para o impasse que arrastou por dezembro.
Apesar de radical em alguns pontos, concordei com muitas ideias do colegiado. Os técnicos do LBF com certeza sabem muito de basquete feminino e seriam uma ótima adição para, em conjunto com o técnico da seleção. Disse que não liberaria as jogadoras para o evento teste, em represália à CBB, que daria mais recursos ao basquete masculino do que ao feminino. Na teoria, ótimo, era uma maneira de forçar a CBB iniciar conversas com os clubes. Mas não foi siso que aconteceu, a CBB mostrou que é uma raposa em matéria de fazer politicagem: Demitiu Zanon, um desejos do colegiado, contratou o veterano Antônio Carlos Barbosa, trouxe como coordenadora a ex jogadora Adriana dos Santos, e eles começaram a persuadir os times a liberarem as suas jogadoras. O Sampaio Corrêa foi o único que cedeu.
Depois foram as jogadoras, e apenas Clarissa, do Corinthians/Americana que furou o boicote. No total, 9 jogadoras pediram dispensa. A seleção foi completada com jogadoras do Sampaio Corrêa, com Érika, que se desligou do seu clube na Turquia por atraso de salários e algumas jogadoras desconhecidas nacionalmente.
Um parêntesis para a passividade de algumas jogadoras que chega a assustar. Dá pra entender que as jogadoras ficam na via crucis de defender a sua equipe, que paga o seu salário ou defender a seleção, o sonho de qualquer atleta; Mas se omitir, se calar diante de um momento tão sério na história do basquete feminino, é muito complicado. Contra ou a favor, o importante é posicionar. Omitir-se mostra apenas que não se interessa pelo bem do basquete, só pensa na sua carreira apenas sem importar com o que acontece à sua volta.
No fim, nesse quiprocó todo, não poderemos ver a seleção feminina sendo testada contra um bom adversário, que é a Austrália; Perde a CBB por ter visto boa parte da base da seleção ficar de fora; perde o colegiado que viu seu grupo ruir com boicote de um clube; Perde o basquete feminino, que já sofre tanto, com quase todas as meninas que começam a praticar esporte indo para vôlei, vai ficar cada vez mais combalido, com esse vexame anunciado para os jogos olímpicos do Rio de Janeiro
Shotclock
- O NBB já volta e o Flamengo contratou com ala armador Ronald Ramón. O Flamengo fica ainda mais forte para buscar o pentacampeonato;
- Mas não esqueçamos de Bauru, Mogi e Brasília, os grandes rivais do time carioca no momento;
- Na NBA, o Golden State Warriors continua imbatível, mas estou gostando muito de ver os Spurs fortes(ele ficaram fracos nesses dez últimos anos?) novamente. No Leste, Cleveland domina a conferência, que está mais disputada do que Oeste depois de muito tempo. Parece que o jogo virou por lá, a conferência Leste é que é a boa agora...
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