A Associação dos Comitês Olímpicos Nacionais da África (ANOCA), presidida pelo general Lassana Palenfo, nascido na Costa do Marfim, confirmou que abrirá uma Casa África durante os Jogos Olímpicos de 2016.
Será a segunda vez que os países africanos terão um espaço
dedicado à divulgação de suas culturas durante os Jogos Olímpicos,
repetindo o que foi feito na edição de 2012, em Londres. O local onde
funcionará a Casa África já está definido, mas como o contrato não foi
assinado os organizadores preferiram não divulgá-lo. O número de nações
africanas representada na Casa África ainda está pendente. A ANOCA conta
com 54 filiados e calcula-se que entre 20 ou 30 deles devam participar
da Casa África. Durante os Jogos Olímpicos de 2016 haverá, ainda, uma
área de hospitalidade, em um local diferente da Casa África, que
divulgará a cultura, música e culinária dos países africanos.
“Vamos apoiar os Jogos no Brasil disputando a competição e
participando desse grande evento com a Casa África”, disse Lassana
Palenfo. “Queremos confirmar essa forte ligação entre o Brasil e os
países africanos”.
Sonho olímpico
Depois da Copa do Mundo de 2010, disputada na África do Sul – foi a
primeira vez que o torneio foi realizado no continente africano –, a
cidade sul-africana de Durban receberá, em 2022, os Jogos da
Commonwealth, uma comunidade de 53 nações da América do Norte, Américas
do Sul e Central, Europa, África, Ásia e Oceania, além de países do
Pacífico.
Com a realização dos Jogos da Commonwealth pela primeira vez na
África, o continente dá mais um passo rumo à concretização de um antigo
sonho: receber os Jogos Olímpicos e Paralímpicos. Segundo Lassana Palenfo,
já existe uma movimentação nesse sentido. A África do Sul chegou a
disputar a candidatura para os Jogos de 2008 (realizados em Pequim) e o
plano é que, após 2024, o continente volte a ter candidato. “A nossa
ideia é pela primeira vez apresentar uma candidatura conjunta para que
os Jogos possam ser realizados ao mesmo tempo na África do Sul e em
outro país africano, mas com toda a África apoiando a candidatura”,
adiantou Lassana Palenfo.
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