O ministro do Esporte, George Hilton, inaugurou no Centro de Educação Física da Universidade Federal de Santa
Maria (UFSM), o Laboratório de Performance em Ambiente Simulado (Lapas).
Resultado de parceria da UFSM com o Ministério do Esporte como parte do
legado dos Jogos Olímpicos de 2016, o laboratório integra o Centro de
Pesquisa em Ambiente Simulado.
Instalado no Departamento de Desportos Coletivos do Centro de
Educação Física da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), o
laboratório é o único da América Latina com tecnologia capaz de simular
treinamentos em diferentes condições de altitude, temperatura, vento e
umidade. A estrutura fará parte da Rede Nacional de Treinamento que está
sendo estruturada pelo ministério em todo país.
Logo após a inauguração, o ministro conversou com a imprensa presente
e ressaltou a importância de se ter um laboratório deste nível no
Brasil. "É um marco na medicina do esporte, que vai capacitar os nossos
atletas para terem condições de suportar, enfrentar as situações mais
adversas, relacionadas à altitude, à umidade, à temperatura. Tenho
certeza que será fundamental para um país que almeja chegar entre os dez
primeiros nos Jogos Olímpicos e entre os cinco nos Jogos Paralímpicos",
declarou George Hilton.
"Este laboratório uma demonstração de que os Jogos não beneficiarão
apenas a cidade do Rio de Janeiro. Ficará um legado para o país inteiro.
Vamos estabelecer uma rede nacional para os atletas treinarem. Esse
laboratório será parte desta rede, onde muitos atletas atuais e futuros
poderão usufruir", acrescentou o ministro.
Intenção e convênio
O objetivo do Lapas é proporcionar aos atletas brasileiros, em
preparação para os Jogos Olímpicos de 2016 e outras competições
relevantes, condições tecnológicas de treinamento similares às
existentes nos países que lideram o cenário esportivo internacional,
como Estados Unidos, Japão, Rússia e outros países da Europa.
A partir de convênio com a UFSM, o Ministério do Esporte investiu R$
1,2 milhão na aquisição de aparelhos de origem inglesa, entre os quais
uma superesteira e uma câmara de simulação de condições climáticas capaz
de controlar a temperatura (em condições que variam de -40ºC a 50ºC), a
umidade (de 14% a 90%) e a presença de oxigênio de acordo com a
altitude (podendo simular situações de até 9.000m). Dessa maneira, pode
ser simulado o ambiente que os atletas encontram em uma determinada
competição, como forma de adaptação não só do corpo, mas também para
testar desempenho de trajes, medicamentos e materiais esportivos.
A esteira de alta performance pode ser utilizada por cadeirantes,
corredores e ciclistas. Nela, é possível programar aceleração (até
70km/h), aclives, declives e até o trajeto de uma determinada prova.
Durante a visita às instalações, o funcionário do Centro de Educação
Física Jeferson Soldati, 33 anos, fez uma demonstração sobre uma esteira
especial e ressaltou que o local já vem sendo utilizado por atletas
profissionais. "É muito bacana a questão de poder simular a atitude, a
temperatura que quiser. Já vi as meninas do ciclismo utilizando a
estrutura e já estão obtendo resultados bem melhores. Tem um grupo que
foi fazer escalada. Antes, o grupo ficou três meses fazendo simulado
aqui. Quando chegaram lá, disse que o pessoal que não teve essa
preparação ficou passando mal e eles ficaram bem tranquilos. Acredito
que será fundamental para melhorar o desenvolvimento dos atletas de alto
rendimento brasileiros", contou Soldati.
Foto: Ministério do Esporte
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