Nascida em 17 de março de 1995, na cidade de Flint, em Michigan, Clarissa Shields (USA) é a atual campeã olímpica da categoria meio-pesado
(75kg). É também a número 1 do mundo no ranking da Associação
Internacional de Boxe (AIBA), com 2250 pontos, 550 a mais do que a
segunda colocada, a holandesa Nouchka Fontijn.
A vitória sobre a russa Nadezda Torlopova na final dos Jogos de
Londres 2012 – os primeiros da história a terem competições femininas de
boxe –, transformou Claressa Shields em uma atleta diferenciada nos
Estados Unidos. Afinal, vinda de um país que já conquistou centenas de
medalhas douradas ao longo da história, ser a única norte-americana
campeã olímpica do boxe é algo que diverte a lutadora. “Eu me sinto
ótima por ser a única do meu tipo nos Estados Unidos. Quero fazer isso
de novo”, diz sorrindo.
Claressa tornou-se campeã olímpica aos 17 anos. Apesar de ser um
fenômeno em seu esporte e de ter uma carreira marcada por diversos
títulos, o triunfo em Londres a elevou a um novo patamar nos Estados Unidos.
“Quando voltei para casa após as Olimpíadas muita coisa mudou. Eu
ainda não era um nome nacionalmente conhecido, mas depois daquele ouro
eu tenho conseguido patrocínios (ela fez um comercial nacional para a
Audi) e tenho dado muitas entrevistas e feito muitas fotos”, conta
Claressa. A vida financeira também não é mais a mesma. E isso faz muita
diferença para os Shields – em 2013, ela se tornou a primeira pessoa de
sua família a obter diploma da high school (equivalente ao ensino médio no Brasil).
“Depois das Olimpíadas, eu nunca mais tive nenhum tipo de problema
financeiro. Vivo no Centro Olímpico agora (no Colorado), onde vou ficar
pelos próximos meses, e a USA Boxing faz um grande trabalho me ajudando
sempre que eu preciso. Não são apenas pessoas que trabalham com boxe.
São meus amigos. Somos como uma grande família. Isso inclui o apoio
médico, as massagens e mesmo entendendo quando eu preciso de um tempo e
quero ir para casa. Eles entendem isso”, detalha.
“Depois dos Jogos
Olímpicos, pude ajudar minha família financeiramente e isso me deu uma
visão muito clara de que hoje eu não sei como seria se eu tivesse
voltado para casa de Londres sem uma medalha ou com a medalha de prata
ou de bronze. Então, agradeço a Deus pela medalha de ouro e peço que ele
me deixe conquistá-la de novo”.
Foto: Getty Images
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