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Brasil leva mais três ouros em dia de sete medalhas no Mundial Paralímpico de Atletismo


A quinta-feira (29.10) foi o melhor dia para o Brasil no Campeonato Mundial Paralímpico de Atletismo, em Doha, no Catar. Ao todo, o país somou mais sete medalhas no Catar Sports Club, sendo três de ouro, duas de prata e duas de bronze. O país segue na 10ª posição no quadro de medalhas, com seis ouros, 12 pratas e 12 bronzes.

As duas primeiras medalhas vieram no salto em distância na classe T11. Silvânia Costa e Lorena Spoladore dominaram a prova e fizeram uma dobradinha no pódio, a primeira do país no Mundial. Silvânia não só ficou com o ouro como quebrou o recorde do Campeonato Mundial com um salto de 5,04m. Lorena levou a prata com a marca de 4,75m, enquanto a sueca Viktoria Karlsson foi bronze com 4,44m. Outra brasileira na final, Thalita Simplício terminou na quarta posição, com 4,31m.

“Foi uma luta muito grande para estar aqui. Mas, como sempre disse, o tamanho da luta ia ser o tamanho da minha vitória. Eu estava muito determinada e com grandes objetivos para esta prova, e o resultado saiu”, comemorou Silvânia, que teve problemas com o passaporte e com o visto para chegar ao Catar.

A prata de Lorena também foi comemorada pela atleta, que estabeleceu sua melhor marca na carreira. “A prova foi muito boa. Estava receosa por causa do resultado do Parapan (ela foi bronze), mas graças a Deus deu tudo certo. A disputa foi bem legal e bati minha melhor marca. O ano não foi fácil, mas estou feliz com a prata”, comentou a vice-campeã, que era a atual medalhista de ouro no Mundial.

Outra prova que rendeu dois lugares no pódio para o Brasil foram os 200m T11. Felipe Gomes superou o favoritismo do norte-americano David Brown, atual recordista mundial, e levou o ouro com o tempo de 22s83. A prata ficou com Ananias Shikongo, da Namíbia, apenas um centésimo atrás, com 22s84. Daniel Mendes, ouro nos 400m T11, foi bronze com 22s91.

Para Felipe, o resultado teve um significado ainda mais especial, depois da eliminação nos 400m que acabou tirando dele a medalha de ouro. “Tínhamos de virar a página. O Mundial não acabou ali (na desclassificação), porque ainda faltavam os 200m e revezamento. Precisávamos continuar executando o trabalho da melhor forma possível. A coroação veio. Agora podemos festejar”, disse o atual campeão paralímpico dos 200m.


O terceiro ouro brasileiro do dia veio com Shirlene Coelho. A atleta de Brasília, recordista mundial do lançamento de dardo F37, venceu a prova em Doha e ainda estabeleceu a melhor marca do campeonato, com 37,03m. Dominando a prova, a brasileira nem comemorou direito e já passou a pensar nos Jogos Rio 2016.

“Comecei muito bem na prova e isso fez a diferença. Foi espetacular. Minhas adversárias vêm crescendo muito, então preciso continuar trabalhando bastante e sempre de olho nelas. Em 2016, vão querer tomar nossas medalhas, mas, de novo, vou trabalhar bastante para que isso não aconteça”, prometeu Shirlene.

Ainda nas provas de campo, Raíssa Machado foi prata no lançamento de dardo F56. A brasileira fez a melhor marca da carreira (18,82m) e ficou atrás apenas da alemã Martina Willing (22,44m). O bronze foi para a búlgara Daniela Todorova (18,30m).

O sétimo brasileiro que subiu ao pódio em Doha foi o velocista Alan Fonteles. Depois de ficar com a prata nos 200m T44, ele correu os 100m da classe em 11s02 e faturou a medalha de bronze. O campeão foi o norte-americano Richard Browne, com 10s61, seguido pelo sul-africano Arnu Fourie, com 10s93.

“Minha meta no Mundial era brigar por medalha e fazer o meu melhor. Infelizmente, não fiz o meu melhor tempo do ano nos 100m, que era 10s98, mas estou feliz pelo fato de ter voltado para a Seleção, de ter voltado a um Mundial e de ter conseguido bons resultados. Agora é retornar ao Brasil e focar no treinamento. Tenho certeza de que estou no caminho certo”, analisou Fonteles, campeão paralímpico dos 200m em Londres.

Foto: CPB

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