A Prefeitura do Rio de Janeiro entregou no domingo (30) a
pista de BMX que receberá os melhores atletas da modalidade nos Jogos Olímpicos de 2016.
Após o evento, não só atletas de alto rendimento poderão treinar no
equipamento, que integrará o Parque Radical, mas também 1,5 milhão de pessoas
de 10 bairros e três municípios vizinhos terão a possibilidade de se aventurar nas
ondulações do circuito profissional. O Parque Radical terá ainda uma pista de
BMX para iniciantes. Construída no Complexo Esportivo de Deodoro, a pista com
percursos de 350 metros (circuito feminino) e 400 metros (circuito masculino),
ocupa área de cerca de 4 mil m².
Apesar de a estreia da pista de BMX só acontecer
oficialmente no dia 3 de outubro – quando são esperados 96 atletas de 30 países
para o Desafio Internacional de BMX que será o evento-teste da modalidade –, o
circuito já está concluído. O projeto foi elaborado pelo escritório de
arquitetura Vigliecca & Associados com a consultoria da empresa Elite Trax,
a mesma que construiu a pista de BMX dos Jogos Olímpicos de Pequim (2008),
quando o esporte estreou nos Jogos Olímpicos, e para o Pan-Americano de 2015,
em Toronto. Tom Ritzenthaler, presidente e fundador da Elite Trax, é o
responsável pelo projeto e construção da pista. O especialista chega a pilotar
pessoalmente os tratores para a execução de seus projetos.
A pista de BMX dos Jogos Rio 2016 foi projetada
considerando a situação topográfica e os ventos predominantes, características
que podem interferir na performance dos atletas, e confeccionada em saibro com
asfalto de massa extremamente fina nas curvas. As ondulações foram colocadas
com intervalos de 10 metros para dar opções de percurso ao atleta, como saltar
de 10 metros em 10 metros com velocidade maior e mais risco ou seguir o traçado
sempre no solo, com velocidade menor e mais segurança. São obstáculos para
saltos triplos, duplos, os chamados 2 table tops (ondulação que tem o topo
plano), e a “seção de ritmo” – sequência de saltos e obstáculos curtos que
permitem ao ciclista dar ritmo e fluxo na última reta para a chegada. Para
fixar e impermeabilizar a pista no solo foi usada uma substância importada
chamada soil tack.
A rampa de largada, diferentemente de outras pistas de BMX pelo
mundo, foi construída em caráter permanente, forrada de madeira e acabamentos
como adesivos antiderrapantes. Entre as pistas
foi utilizada grama sintética em áreas íngremes, para evitar a erosão. Ao redor
da instalação, em áreas de suporte, foi utilizada grama natural. O circuito
contará com uma arquibancada temporária com 7.500 lugares, que será instalada
mais próxima dos Jogos, por uma questão de economia de recursos.
Fotos: Prefeitura do Rio de Janeiro
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