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Fofão se despede das quadras em partida festiva


A levantadora Fofão colocou um ponto final em uma das mais vitoriosas carreiras do voleibol brasileiro. No domingo (24.05), diante do ginásio Lauro Gomes lotado, em São Caetano do Sul (SP), a campeã olímpica reuniu diversas gerações do vôlei verde e amarelo para o seu jogo de despedida. Em uma partida marcada pela emoção, a jogadora mostrou, mais uma vez, seu talento em quadra ao lado de alguns dos personagens que ajudaram a transformar Fofão em sinônimo de talento e qualidade pelas quadras do mundo.

Cada jogadora colocou a camisa do seu time e elas se dividiram em duas equipes. De um lado da quadra, sob o comando do treinador José Roberto Guimarães, a “Seleção Pequim 2008”, com as companheiras de Fofão na conquista olímpica como Valeskinha, Paula Pequeno, Mari, Sassá, Fabiana, Carol Albuquerque e Fabi. Do outro lado da rede, as “Amigas da Fofão”, com nomes como Érika, Elisângela, Juciely, Carol, Ida, Kátia, Ângela Moraes, Gabi e Joycinha, sob a liderança do treinador Haírton Cabral.

A levantadora jogou um set em cada equipe e a rivalidade ficou do lado de fora das quadras em ambas as parciais. No ponto final da partida, todas as jogadoras se abraçaram na rede, e com um ace de Fofão, já com lágrima nos olhos, a partida teve seu ponto final.

“Não vai ter um dia na minha vida que não vou me lembrar de hoje, dessa festa, porque eu nunca tinha imaginado estar aqui nesse momento. É mais do que um sonho. Estou muito feliz. Espero que sintam falta de mim (risos). Foram 30 anos, e fiz em quadra o que sabia de melhor. Quero que a imagem que as pessoas tenham de mim seja jogando um voleibol de alto nível técnico, alegre e fazendo o que gosto”, disse Fofão.

Responsável por mudar Fofão de posição de ponteira para levantadora, o treinador José Roberto Guimarães se emocionou em diversos momentos da partida e comentou sobre a importância da jogadora para o voleibol brasileiro.

“Conheci a Fofão garota e atacante, depois ela virou levantadora e um ícone mundial. Só tenho a agradecer por ter tido a possibilidade de ter feito parte da vida dela. Espero que ela continue dentro do voleibol, porque a Fofão tem muita coisa para passar e ensinar para as novas gerações”, afirmou José Roberto Guimarães.

O CEO da Confederação Brasileira de Voleibol (CBV), Ricardo Trade, chamou a atenção para a integridade da jogadora durante toda a sua carreira.

“A Fofão é uma pessoa sensacional e uma atleta exemplar. Ela bateu todos os recordes ao chegar nessa idade com tamanha vitalidade. Nós só temos que estimar, elogiar e estar presente, reconhecendo o valor dela para o voleibol brasileiro, porque isso serve de exemplo e precisamos de exemplos nas nossas vidas. A Confederação Brasileira de Voleibol está aberta para pensar junto com ela o pós-carreira. Não podemos perder alguém com todo esse currículo e conhecimento que ela pode passar para as novas gerações”, afirmou Ricardo Trade, que no início da década de 90 trabalhou com Fofão na equipe do Colgate/São Caetano (SP) como preparador físico. O time paulista marcou época no voleibol verde e amarelo ao se sagrar campeã brasileiro e sul-americano.

Campeã olímpica em Pequim, 2008, Fofão participou de cinco Olimpíadas em sequência, de Barcelona, em 1992 a Pequim, em 2008, nas quais foi duas vezes medalhista de bronze, em Atlanta (1996), e Sydney (2000). Foram ainda seis títulos do Grand Prix (94/96/98/04/06 e 08), uma medalha de ouro nos Jogos Pan-Americanos de Winnipeg, em 1999, dois vice-campeonatos mundiais, 1994 e 2006, além de outras conquistas com a seleção brasileira.


Foto: Cinara Picollo

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