A União financiará o material esportivo que será usado nas
instalações dos Jogos Olímpicos e Paraolímpicos Rio 2016, assim como a
segurança interna e o fornecimento de energia. A decisão foi
oficializada pelo ministro do Esporte, George Hilton, nesta
segunda-feira (23), na reunião da Comissão de Coordenação dos Jogos.
O presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI), Thomas Bach,
estava presente, além de outros integrantes do COI e de representantes
do Comitê Organizador dos Jogos e dos três níveis de governo
(prefeitura, estado e governo federal).
“Quero informar que me reuni na última sexta-feira com o prefeito
Eduardo Paes, com o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, e com o ministro
da Casa Civil, Aloizio Mercadante.
Desse encontro saiu a determinação de a União assumir novas
responsabilidades quanto ao financiamento dos Jogos: fornecimento
integral de energia, segurança interna das instalações e material
esportivo a ser usado nos Jogos. Estes eram pontos de atenção e me
alegra informá-los que estão resolvidos”, disse o ministro na reunião.
De acordo com o secretário executivo do Ministério do Esporte,
Ricardo Leyser, os equipamentos esportivos serão comprados em parceria
com as confederações, para que sejam analisadas as necessidades de cada
modalidade.
“Há materiais que só podem ser usados no alto rendimento e outros que
podem servir para a base, na iniciação. Será feito um planejamento da
destinação dos equipamentos com cada confederação, e elas serão
responsáveis, ao final dos jogos, por recolher esses materiais e fazer a
distribuição do legado, seja para um centro nacional de treinamento ou
para uma escola que tenha trabalho de iniciação esportiva”, disse.
O secretário executivo explicou ainda que a estimativa original do
Comitê Rio 2016 para gastos com esses equipamentos era de cerca de R$
100 milhões, mas o valor será revisto pelo governo federal.
"Como são centenas de itens, estamos fazendo a nossa própria cotação,
um a um. Há isenção de imposto e já compramos bastante coisa para as
confederações. Estamos fazendo um cruzamento entre o que a Rio 2016
precisa e o que a gente já comprou. Temos cerca de 4 mil itens já
cotados em planilhas do Ministério do Esporte e estamos confrontando
para chegar a um valor final”, acrescentou.
Segurança interna
No que diz respeito à segurança interna das instalações esportivas,
Ricardo Leyser explicou que a operação assumida pelo governo federal
inclui desde os equipamentos de raios-X e detectores de metais usados na
entrada das instalações até a responsabilidade pelo patrimônio de cada
local. Um planejamento detalhado será feito pelos órgãos de segurança
pública do País.
“O governo vai analisar o que é possível com as forças de segurança,
com as Forças Armadas, com a máquina pública operando. E assim há a
possibilidade de baratear significativamente o custo. Isso vai ser feito
com a melhor técnica possível, com base em uma análise de risco”. Ele
disse ainda que um dos objetivos é evitar que se repitam erros ocorridos
durante os Jogos de 2012.
“Em Londres, houve problemas com a empresa privada que tinha sido
contratada e que não conseguiu fazer o serviço na última hora. Aí
tiveram que usar as Forças Armadas, inclusive tropas que tinham chegado
do Afeganistão e foram deslocadas para fazer essa segurança. Eles
estavam fardados, mas desarmados”, contou.
A reunião da Comissão de Coordenação dos Jogos 2016 prossegue até quarta-feira, no Rio de Janeiro.
Foto e Fonte: Agência Brasil
0 Comentários