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Jovens promessas do Tênis de Mesa apontam grande crescimento com intercâmbio na China


Quatro jovens promessas do tênis de mesa brasileiro tiveram, em janeiro, uma experiência inesquecível: passaram por um intercâmbio de 20 dias na China, onde puderam viver a rotina dos atletas locais, considerados os melhores do mundo. Impressionados com a estrutura e os treinamentos, Rafael Torino (13 anos), Eduardo Tomoike (13), Diogo da Silva (12) e Gustavo Gerstmann (10) garantem que o período foi suficiente para crescerem muito – tanto dentro como fora da mesa.

O intercâmbio aconteceu no Shandong Luneng, clube que pertence a um parceiro da Confederação Brasileira de Tênis de Mesa (CBTM) neste e em outros projetos. Os quatro atletas foram selecionados no programa Diamantes do Futuro, que detecta e forma talentos do tênis de mesa Brasil afora.

“Poder treinar com os chineses e ver como eles treinam foi incrível, dá muito incentivo para crescer. Eles são muito rápidos, treinam muito e têm muito preparo. A bola deles é muito forte”, avaliou Diogo, que destacou ainda seu desenvolvimento técnico nestes 20 dias.

“Meu jogo melhorou muito. Só nesses 20 dias com os jogadores de lá, já deu para crescer bastante. Quero colocar em prática aqui tudo o que aprendi para ter a oportunidade de ir para outras viagens”, completou.

Rafael seguiu o mesmo discurso e apontou o que mais aprimorou na China: a agressividade no seu jogo.

“Os treinos foram muito bons, consegui aproveitar ao máximo. O nível é muito alto, bem diferente do que estamos acostumados. Com certeza, melhorou meu jogo, mais tecnicamente. Aprendi a ser mais agressivo. Eles não perdem tempo, só atacam, e me ensinaram muito a ser agressivo”, explicou.

Caçula do grupo, Gustavo teve sua primeira experiência internacional, mas voltou sabendo exatamente o que deseja desenvolver em seu jogo.

“Os chineses têm a direita muito forte e colocam a bola muito na ponta da mesa. Eu quero jogar a bola mais no fundo e acertar o movimento de cima para baixo, para dar cada vez menos chances aos adversários”, observou.

O ambiente foi o que mais impressionou Eduardo durante o período de intercâmbio.

“O interessante é que lá eles têm muito foco no objetivo. Os jogadores moram no clube. De manhã, um ônibus leva eles para a escola e depois traz novamente. Eles treinam de tarde e à noite e só saem para ver a família no fim de semana. São muito objetivos”, apontou

Técnico aprova experiência e programa

Durante os 20 dias na China, os jovens atletas estiveram acompanhados de Ricardo Faria, técnico português e consultor internacional da CBTM que está à frente do Diamantes do Futuro. Antes de se integrar ao projeto, Faria levou a seleção lusa do 30º para o quinto lugar no ranking mundial.

Segundo o treinador, cada atleta aproveitou a experiência de uma forma, por conta da vivência anterior de cada um no tênis de mesa.

“Foi muito importante essa experiência internacional. Ela teve significados diferentes e singulares pra cada um. Para o Gustavo, por exemplo, foi a primeira viagem internacional, então teve um valor diferente. Para os outros três, já teve outro sentido, um pouco mais técnico, por já terem experiências a esse nível”, explicou.

Um dos pontos mais destacados do intercâmbio foi o nível das atividades, que eram intensas não apenas pela carga horária, mas também devido ao alto nível dos atletas chineses.

“Eles estavam muito motivados, só que o nível é muito forte, tem outra aceleração e trabalho físico, tático. Eles (chineses) trabalham muito todo dia, são treinos em dois períodos como profissionais. Além disso, há muitos atletas do mesmo nível, então eles precisam se manter rendendo, pois podem ser facilmente substituídos”, disse Ricardo.

Mesmo fora da mesa a oportunidade foi valiosa, já que os brasileiros puderam conviver e observar alguns dos principais atletas do mundo na atualidade.

“Estar no mesmo ambiente onde atuam jogadores de alto nível, como o Zhang Jike (quarto colocado do ranking mundial), foi extremamente importante. É como jogar bola na sua rua e um dia jogar no Maracanã, fazendo uma comparação. Então, isso faz com que os atletas deem o máximo de si”, disse o português, lembrando que os jovens talentos optaram até por trabalhar na folga.

“Até no domingo eles trocaram os passeios por ficar no centro de treinamento, organizando jogos entre nós. Eles realmente deram o máximo”, concluiu.​


Foto e Fonte: CBTM

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