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Turbulências extraquadra preocupam Bernardinho para preparação olímpica


Voltar ao alto do pódio em 2015 é ponto de honra, e ele não nega. Para isso, Bernardinho não descarta a possibilidade de trazer de volta velhos conhecidos, com uma ficha extensa de bons serviços prestados à seleção. O líbero Serginho é um deles. Embora não tenham conversado especificamente sobre o assunto, o técnico diz que o campeão olímpico sabe que está sendo observado. Além de montar uma equipe forte visando aos Jogos Olímpicos de 2016, a outra preocupação de Bernardinho nesta temporada é em fazer com que o desgaste dos últimos meses - com relação aos problemas que o time enfrentou no Mundial da Polônia com a Federação Internacional de Vôlei (FIVB), punições e posicionamento contra as supostas irregularidades envolvendo a antiga gestão da CBV - não atrapalhe a preparação nesta reta final de ciclo olímpico.

- O que me incomoda nessa história é que os jogadores não se deixem influenciar, não deixem essa coisa aflorar na hora da preparação. Isso me preocupa muito porque gera angústia nas pessoas. Que a gente possa trabalhar neste sentido, de manter as coisas tranquilas e isolar, de alguma maneira, a equipe deste tipo sentimento, em matéria de conspiração, do que vai vir contra a gente. Nada disso. Vamos tocar as coisas como devem ser feitas e deixar isso aí um pouco de lado. Durante o episódio da Polônia (a confusão no fim da partida da terceira fase contra os anfitriões), em que eu não estava presente, alguns jogadores se deixaram influenciar por esse sentimento de revolta naquele momento. A gente aprendeu muito com tudo isso, as pessoas querem participar mais e, se há irregularidades, os órgãos competentes vão julgar - disse Bernardinho.

Por conta do que a FIVB considerou como "mau comportamento" durante o Mundial, multas e outras punições foram aplicadas. Bernardinho foi suspenso por 10 jogos e recebeu multa de US$ 2.000. O líbero Mário Junior pegou seis partidas, e Murilo, uma. Bruninho também foi multado em US$ 1.000. O treinador diz que recorrerá até a última instância e espera poder estar à frente da equipe na Liga Mundial.

- Isso está longe de estar definido ainda. Perderia praticamente a Liga Mundial toda. O relatório inicial é em cima de uma mentira. Porque é como se eu estivesse na confusão, como se tivesse ido na mesa e eu nunca estive lá. Começa tudo em cima de falácias que não são verdadeiras. Então, tudo é contestável e vamos recorrer até... Nem que vá à corte maior do esporte. Estamos trabalhando em cima de todas as punições.

A competição é a mais importante da temporada. O Brasil tem nove títulos, e a última vez que voltou para casa com o troféu foi na edição de 2010. Nas últimas duas, ficou com a prata.

- Temos este ano a Liga Mundial, a Copa do Mundo e o Pan. Temos que primeiro fechar um universo de jogadores que estarão em 2016, alguns que estão no grupo B para ver quem é que nos surpreende e consegue chegar lá passando por competições como o Pan e paralelas. A lista não está fechada. Até poque ano de Olimpíadas não é de teste. Os que estiverem bem irão. Se estiverem com condições físicas e bem, nós não vamos nos furtar em trazer. Os jogadores veteranos já foram testados, se acontecer de voltar é para estarem lá. Serginho é uma possibilidade. Não o tirei da mira. Estou observando e vendo. Vai depender um pouco de como será o sistema olímpico, porque a questão toda que nos preocupa é a física. Obviamente é um grande jogador e um jogador que sempre interessa à seleção brasileira. A gente conversa muito, mas especificamente sobre isso, não. Ele sempre fala: "Estou aí, patrão". Ele sabe que está sendo monitorado.

Sobre a possibilidade de se despedir da seleção após os Jogos de 2016 para ter mais tempo para a família e como a esposa Fernanda Venturini deseja, Bernardinho não dá muitas pistas. Diz que o problema de saúde (retirou um tumor maligno do rim) o fez repensar várias coisas, mas mostra que sua vontade seria continuar se dividindo entre as duas funções - também comanda o time do Rio de Janeiro na Superliga feminina.

- Dá para equacionar melhor a vida para ter um tempo maior para a família e para as meninas. A gente tem uma equipe de trabalho que vai estar à frente o tempo inteiro de alguma maneira. Vamos ver depois de 2016 como as coisas vão andar nos clubes e na seleção.


Foto: Daniel Cardoso
Fonte: Globoesporte.com

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