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Coluna do Saibro ao Gramado: o Reconhecimento de uma lenda


Sem dúvida, a maior tenista brasileira da história e uma das maiores do mundo. Essa é Maria Esther Bueno. A paulistana que conquistou nada menos que 19 títulos em torneios de Grand Slam e cravou seu nome esporte por seu talento e maestria.

Os anos áureos de Pelé, entre o final da década de 50 e início da década de 70, foram também os da tenista multicampeã, que conquistou diversos títulos pelo mundo, dentre simples, dupla feminina e dupla mista.
(Foto: Reprodução)

Quando falamos de tênis, há pouco conhecimento nacional. Mas uma brasileira, com números impressionantes, fazia-se reconhecer há 50 anos.

Esther Bueno conquistou 65 títulos internacionais de simples, além de 105 campeonatos de duplas (15 como duplas mistas). Pode-se descrever como 1960 o seu ano de glória, no qual  se tornou a primeira mulher a ganhar os quatro torneios Grand Slam (Australian Open, Roland Garros, Wimblebon e US Open) em duplas. Neste mesmo ano, levou o bi-campeonato em Wimbledon, além do título de duplas mistas de Roland Garros.

O Brasil nunca foi visto como um expoente no esporte, mas pôde contar com a presença de Estherzinha, como é conhecida pelos íntimos, que colocou no Tênis mundial um toque bem brasileiro.

(Foto: Reprodução)
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A brasileira, hoje com mais de 70 anos, esteve presente nos rankings de melhor tenista em uma boa parte de sua carreira. O maior reconhecimento veio em 2011, quando recebeu um  anel do International Tennis Hall of Fame, entidade que prestigia os maiores nomes do Tênis mundial, que a colocou nesta seleta lista desde 1978. Foi a primeira brasileira a fazer parte da lista de grandes nomes do esporte, que recentemente colocou nosso outro grande ex-atleta, Gustavo Kuerten (Guga), tornando-lhes os únicos brasileiros prestigiados pela entidade, na lista.


HISTÓRIA

Esther Bueno nasceu em 1939, na cidade de São Paulo. Iniciou sua carreira bem cedo, e em 56 ganhava já seu primeiro título internacional: Orange Bowl (torneio juvenil). Seu primeiro grande título veio dois anos depois, em 1958, quando conquistou o torneio de duplas em Wimbledon, ao lado da norte-americana Althea Gibson. Em 59, vieram dois títulos nos simples de Wimbledon e US Open.  Em 1960, Esther se consagra, com a conquista de 6 títulos em Grand Slam.

A melhor tenista brasileira conquistou, ao longo de sua carreira, dentre outros títulos:
  • Tricampeonato em Wimbledon, simples (59, 60 e 64)
  • Tetracampeonato no Aberto dos Estados Unidos, simples (59, 63, 64 e 66)
  • Campeonato do Aberto da Austrália, em duplas (1960)
  • Campeonato de Roland Garros, em duplas (1960)
  • Pentacampeonato de Wimbledon, em duplas (58, 60, 63, 65 e 66)
  • Tetracampeonato do Aberto dos Estados Unidos, em duplas (60, 62, 66 e 68)
  • Campeonato de Wimbledon, em duplas mistas (1960)


Em 1967, a tenista sofreu uma grave lesão no braço direito, que poderia ter adiantado a aposentadoria da atleta. Em 68, Bueno ganhava seu último Grand Slam, o de duplas no Aberto dos Estados Unidos. Sua aposentadoria veio dez anos depois, em 1977. No ano seguinte, além de seu nome no Hall da Fama do Esporte Mundial, Esther Bueno foi homenageada com uma estátua de cera, no Museu Madame Toussand, em Londres, pelo reconhecimento de seus oito títulos nos gramados de Wimbledon. Atualmente, Esther participa de programas e coberturas de torneios, como comentarista.




Que Maria Esther Bueno seja sempre um ícone de atleta, incentivando ainda mais o esporte nacional. Seja em um símbolo pela igualdade de sexos no esporte e sociedade, seja pela genialidade a ser espelhada nas quadras de tênis, Esther Bueno é uma lenda no esporte brasileiro e merece reconhecimento.

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