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Na marca do pênalti: a Alemanha caminha para uma dinastia no futebol mundial

 Não se passou nem um mês e a Alemanha já é campeã de novo. Na última quinta-feira, os alemães acabaram vencendo a Eurocopa sub-19 por 1 a 0 contra a seleção portuguesa. E isso abre ainda mais os olhos do mundo para eles.

Para falar do atual momento da Alemanha no futebol, vamos ter que voltar em 2000. Era ano de Eurocopa e a Alemanha passou um vexame difícil de ser apagado, acabando em último lugar. Então a DFB (Federação Alemã de Futebol) decidiu encarar de frente o fato de que era necessário uma renovação. Apostaram e investiram fortemente em seu futebol de base e nos campeonatos nacionais. Deu muito certo. Os campeonatos hoje são os que mais arrecadam e os que acabam por dar mais audiência as emissoras de TV. Basta ver o Borussia Dortmund, que sempre lota seu estádio em jogos do clube.

Para a base, foi criado o campeonato de pontos corridos para que os garotos possam se desenvolver como atletas e como jogadores principalmente. Além disso, os clubes de base jogam exatamente como o time profissional. Isso acabou por se mostrar excelente ao ver que a seleção alemã campeã da Copa do Mundo de 2014 e a seleção campeã da Euro sub-19 tem a maioria de seus jogadores vindo de categorias menores.

Dos 23 convocados para a Copa de 2014, que se tornaram campeões, estavam na Euro sub-21 em 2009: Neuer, Höwedes, Hummels, Khedira e Özil disputaram o torneio, que também acabou com a Alemanha como vencedora.

Da turma campeã da Euro sub-19 disputada nesse ano mostrou muito entrosamento entre os jogadores. Acabaram tendo o artilheiro da competição, o jogador que deu mais passes para o gol, o melhor ataque e a melhor defesa. Jogando um futebol consistente, ou seja, chegarão na seleção profissional já formados e preparados.

Não resta dúvidas que a Alemanha vai muito mais forte para a Copa da Russia e é bem capaz de alguns jogadores desse torneio disputarem a competição daqui à quatro anos. Aposto seriamente que Levin Öztunali, Devie Selkie, Niklas Stark, Oliver Schnitzler e Marc Stendera se tornarão grande jogadores e, se nada de errado acontecer, serão figuras constantes na equipe de Joachim Löw.

Levin Öztunali tem uma grande qualidade técnica e apresenta muitos recursos técnicos. É apontado para o futuro como sucessor de Khedira. 

Devie Selkie é o que está em situação mais confortável, já que o titular da posição na seleção de cima (Miroslav Klose), não estará no próximo mundial e Mário Gomez vai ao departamento médico com certa frequência. 

Nikas Stark tem o perfil de líder da próxima geração. Com a aposentadoria de Lahm, pode ser ele quem assuma a braçadeira futuramente. É considerado um jogador versátil. Pode se tornar o braço direito de Löw.

Oliver Schnitzler mostrou resquícios de Neuer no Europeu sub-19. Jogou bastante como líbero, apesar da falta de habilidade. Foi muito bem debaixo das traves - levou apenas dois gols.

Marc Stendera é batalhador em campo. É útil com e sem a bola. Deu três passes para gol no torneio. Outro que pode aparecer constantemente na seleção principal.

Quando começar as eliminatórias para a Copa poderemos ver essas e outras promessas na Nationalelf, mas o que importa mesmo é que as categorias de base no futebol alemão estão funcionando muito bem. Alguns jogadores já são até titulares em outros times, como Julian Draxler (que esteve entre os campeões do mundo neste ano) no Schalke 04. Isso se mostra bom, pois começa a aparecer candidatos à ídolos no esporte. Hoje podemos afirmar que os alemães estão no caminho certo, para se tornar uma dinastia no futebol mundial.

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