Terminaram as competições em Nanjing. O Brasil trará 13 medalhas da China e a honrosa 9º colocação no quadro final de medalhas.
Nas lutas, Layana Colman e Edival Pontes venceram e convenceram em esportes que vivem situações opostas no país. Layana é um nome para seguir o legado do judô, enquanto Edival pode ajudar a reerguer o taekwondo no Brasil.
Na natação, Matheus Santana conquistou o ouro na prova em que era mais cotado, mas a prata nos 50 metros livres, ao mesmo tempo em que é um bom resultado, fica entalada diante do título de Yu Hexin, cercado de polêmicas sobre a idade real. O revezamento misto estilo livre ainda trouxe uma prata, mas o que ficou marcado foi o revezamento medley masculino, que deixou escapar uma provável medalha por um erro da comissão técnica. De qualquer forma, o Brasil conseguiu várias finais e, principalmente, mostrou que está evoluindo na natação feminina.
Flávia Saraiva apareceu como um nome forte na ginástica artística. Com a missão de substituir Rebeca Andrade, Flávia conquistou o ouro no solo e a prata no individual geral e trave de equilíbrio, atestando a expectativa de duas ginastas que devem renovar o esporte no Brasil.
Duda e Paty confirmaram o favoritismo no vôlei de praia, atropelando praticamente todos os adversários e deixando uma pitada de emoção para a final, que serviu para coroar ainda mais a conquista.
No tênis, Orlando Luz e Marcelo Zormann garantiram o título das duplas, após Orlandinho bater na trave e ficar com a prata no individual, criando uma expectativa do Brasil em elevar seu nível no circuito profissional em breve.
No tiro com arco, Marcus Vinicius chegou até a final, mas foi derrotado por um sul-coreano, algo absolutamente normal, e que prova que Marcus tem bastante futuro em um esporte com idade média elevada.
Hino da China foi o que mais tocou em Nanjing |
Hugo Calderano, voltando de lesão, conseguiu avançar até a semifinal, perdendo apenas para o japonês Yuto Muramatsu. Na decisão do bronze, Hugo ainda venceu um atleta de Taipei e garantiu uma medalha inédita. Se é difícil superar o xará Hugo Hoyama em torneios como os Jogos Panamericanos, Calderano tem um bom futuro em competições internacionais.
Em relação a Singapura 2010 o desempenho do Time Brasil em Nanjing rendeu mais que o dobro de medalhas e ouros. E de fato o que se viu foi uma geração mais promissora, mesmo em esportes em que os brasileiros não tinham grande representatividade. Alguns medalhistas dos YOG 2014 devem pintar já em 2016, mas a grande leva é esperada para 2020.
Internacional
A China, assim como fez em Pequim 2008, fez valer o fator cada para destroçar o quadro de medalhas. 38 ouros e 65 medalhas conquistadas. A Rússia também fez um ótimo papel, enviando 88 atletas e conquistando 57 medalhas, uma excelente proporção. Os Estados Unidos ainda garantiram um "sprint final" para terminarem na terceira colocação, mas nada que chegasse perto do desempenho chinês ou russo.
Na 9º colocação, o Brasil, na contagem tradicional por número de ouros, ficou na frente de nações como Grã-Bretanha, Coréia do Sul, Austrália e Alemanha. Os alemães, aliás, tiveram um desempenho curioso: 25 medalhas, mas apenas dois ouros.
Nanjing recebeu os Jogos com uma estrutura muito maior do que vimos em Singapura 2010 e o que veremos em Buenos Aires 2018. Tudo isso chegou até a espantar atletas e gerar críticas sobre as proporções tomadas. Era a escolha de segurança do COI. No geral deu certo, Thomas Bach obteve sucesso ao se envolver com a cultura dos jovens, seja tirando selfies com os atletas ou sendo fotografado em situações de total descontração. Como ponto negativo, talvez o clima, que atrapalhou bastante a vela e o atletismo.
A partir de agora, resta esperar para ver como os Jogos Olímpicos (de verão) da Juventude se saem no ocidente.
Quadro de medalhas final:
Ouro | Prata | Bronze | Total | ||
1. | China | 38 | 13 | 14 | 65 |
2. | Rússia | 27 | 19 | 11 | 57 |
3. | Estados Unidos | 10 | 5 | 7 | 22 |
4. | França | 8 | 3 | 9 | 20 |
5. | Japão | 7 | 9 | 5 | 21 |
9. | Brasil | 6 | 6 | 1 | 13 |
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