Segundo capítulo da série de Rodrigo Huk sobre os adversários do Brasil na Copa do Mundo de 2014.
Quem olha a história recente de confrontos entre Brasil e México em competições pode afirmar com toda a razão que a seleção brasileira viveu uma freguesia a partir do século XXI (dá até para ir além, relembrando a derrota na Copa das Confederações de 1999).
No entanto, é uma história que tende a mudar. A fonte do futebol mexicano, até então em ascensão, pareceu secar após a última Copa. A esperança de renovação depositada em Giovani dos Santos e Carlos Vela não vingou como o esperado. O país complicou as duas últimas oitavas de finais de Copa para a Argentina hoje aparece correndo por fora em um grupo com Brasil, Croácia e Camarões.
Vamos relembrar alguns confrontos marcantes contra nosso adversário do dia 17 de junho de 2014:
1950 - Abertura da Copa do Mundo - Brasil 4x0 México
Jogo muito especial, que além de marcar a abertura da Copa do Mundo de 1950, também foi o primeiro jogo oficial da história do Maracanã.
A partida em si mostrou a fragilidade técnica do México, nulo no cenário mundial da época e que pouco ofereceu assustou. Ademir marcou o primeiro e último gols da goleada, enquanto Jair e Baltazar completaram o placar.
1954 - Primeira fase da Copa do Mundo - Brasil 5x0 México
Mais uma partida histórica. O confronto contra o México pela primeira rodada da fase de grupos da Copa de 54 marcou a estreia da camisa amarela na seleção brasileira, já que até então o Brasil jogava todo de branco.
Em campo, pouca resistência dos mexicanos, que ainda se mostraram frágeis tecnicamente (mesmo assim conseguiram endurecer o jogo contra a França de Kopa no complemento do grupo A).
1962 - Primeira fase da Copa do Mundo - Brasil 2x0 México
E os mexicanos já viravam adversários clássicos da seleção brasileira, e novamente na estreia de uma Copa. Neste confronto o goleiro Carbajal (que havia sido desfalque do México no jogo de 1954) fechou o gol, e o Brasil só conseguiu vencê-lo no segundo tempo, com um gol de Zagallo e outro de Pelé.
O caminho estava aberto para o bi mundial.
1996 - Final da Copa Ouro - México 2x0 Brasil
A primeira derrota marcante do Brasil para o México. A seleção olímpica brasileira jogou a competição como convidada e chegou na final contra os mexicanos, que já reinavam absolutos na CONCACAF.
Diante de um estádio lotado em Los Angeles (EUA), o México, comandado por García Aspe, Luís García e Blanco, não tomou conhecimento da seleção brasileira e faturou o título da competição.
1999 - Final da Copa das Confederações - México 4x3 Brasil
No início do ciclo conturbado que terminaria no penta, o Brasil disputou a final da Copa das Confederações de 1999 com um elenco bastante folclórico, mas longe de lembrar a técnica dos melhores plantéis que já vestiram a amarelinha.
Diante de um Azteca lotado, o México aproveitou inúmeros erros brasileiros para construir o placar de 4x3, que garantiu o título da equipe.
Antes dos 30 minutos de jogo o placar já apontava 2x0 para os mexicanos. O Brasil correu atrás do empate, mas poucos minutos depois veio o balde de água fria que selou o resultado final.
2003 - Final da Copa Ouro - México 1x0 (aet) Brasil
O Brasil entrava em campo novamente para uma final de Copa Ouro contra o México. A seleção brasileira contava com a talentosa geração sub-23 de Kaká, Diego, Robinho, Maicon e Nilmar.
Entretanto, os garotos pouco produziram diante novamente do Estádio Azteca. Daniel Osorno definiu o placar na prorrogação, e a competição não foi capaz de entrosar suficientemente o time sub-23 brasileiro, que perdeu a vaga olímpica para Atenas seis meses depois.
2012 - Final Olímpica - México 2x1 Brasil
No início do ciclo conturbado que terminaria no penta, o Brasil disputou a final da Copa das Confederações de 1999 com um elenco bastante folclórico, mas longe de lembrar a técnica dos melhores plantéis que já vestiram a amarelinha.
Diante de um Azteca lotado, o México aproveitou inúmeros erros brasileiros para construir o placar de 4x3, que garantiu o título da equipe.
Antes dos 30 minutos de jogo o placar já apontava 2x0 para os mexicanos. O Brasil correu atrás do empate, mas poucos minutos depois veio o balde de água fria que selou o resultado final.
O Brasil entrava em campo novamente para uma final de Copa Ouro contra o México. A seleção brasileira contava com a talentosa geração sub-23 de Kaká, Diego, Robinho, Maicon e Nilmar.
Entretanto, os garotos pouco produziram diante novamente do Estádio Azteca. Daniel Osorno definiu o placar na prorrogação, e a competição não foi capaz de entrosar suficientemente o time sub-23 brasileiro, que perdeu a vaga olímpica para Atenas seis meses depois.
2012 - Final Olímpica - México 2x1 Brasil
A tão sonhada medalha de ouro olímpica no futebol nunca esteve tão perto da seleção brasileira. O Brasil tinha, com sobras, o melhor elenco da competição, e chegou até a final sem problemas.
No entanto, Mano Menezes errou de forma indescritível ao chamar jogadores acima de 23 anos para compor elenco e deixar um goleiro inexperiente entre os onze titulares.
No jogo, Rafael errou com menos de 25 segundos e entregou de bandeja o primeiro gol mexicano. O otimismo se transformou em nervosismo, fazendo a zaga brasileira abrir no segundo tempo e ceder o 2 a 0. O gol de Hulk nos acréscimos ainda deu uma sádica esperança para o torcedor brasileiro, que morreu em uma bola cabeceada por Oscar, que passou sobre o gol.
O Brasil ganhava sua medalha de prata mais amarga na história dos Jogos Olímpicos.
2013 - Primeira fase da Copa das Confederações - Brasil 2x0 México
A primeira parte do exorcismo do fantasma mexicano no caminho brasileiro.
Total (v/e/d)
Brasil 20 / 6 / 10 México
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