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Eventos-teste dos Jogos Olímpicos de 2016 começam neste ano

Os preparativos para os Jogos  Rio 2016 vão atingir um importante marco em agosto deste ano, quando o Comitê Organizador realizará seu primeiro evento-teste. Uma competição de vela, na Baía de Guanabara, oficializará a abertura do programa, que prevê a realização de 45 eventos esportivos nos locais de competição dos Jogos até maio de 2016. Uma oportunidade para o Comitê Organizador avaliar, na prática, toda a operação do espetáculo que está sendo preparado para daqui a dois anos.

“Nossa prioridade nos eventos-teste é testar a área de competição. É uma parte fundamental da instalação, que deve funcionar perfeitamente para que os atletas possam ter o melhor desempenho. Também teremos a oportunidade de planejar e avaliar a operação da instalação e de medir os reflexos do evento na cidade”, explica Agberto Guimarães, diretor executivo de Esportes e Integração Paralímpica do Comitê Rio 2016.

Os eventos-teste são parte crucial do processo de organização dos Jogos. Em Londres 2012, por exemplo, foram realizados 42 eventos-teste, que contaram com a participação de 8 mil atletas e de 30 mil profissionais na organização. Segundo Delphine Moulin, gerente-geral de Eventos-Teste do Comitê Rio 2016, trata-se também de uma oportunidade única de reunir e capacitar, antes dos Jogos, todos os profissionais responsáveis pela operação das competições.

“Os eventos-teste também serão a primeira oportunidade de treinamento para os profissionais que irão operar as instalações durante os Jogos e de integrar a equipe do Comitê com os Governos e as Federações Internacionais, que também têm papel importante na realização dos Jogos”, destaca Delphine.

Entre os dias 2 e 9 de agosto deste ano, cerca de 400 atletas das 10 classes Olímpicas da vela competirão na Baía de Guanabara no primeiro evento-teste organizado pelo Comitê Rio 2016. A maior parte das competições, no entanto, acontece a partir do segundo semestre de 2015. De julho a outubro do ano que vem, serão realizados os eventos-teste de esportes ao ar livre, como triatlo, maratona e vôlei de praia. A ideia é tentar realizá-los no mesmo período do ano em que acontecerão os Jogos, buscando condições climáticas semelhantes.

De novembro de 2015 a janeiro de 2016, quando o verão no Rio de Janeiro ainda não é tão intenso, um novo grupo será testado, com foco nos esportes indoor. O último período de competições será entre março e maio de 2016, quando acontecerão alguns dos maiores eventos-teste, representando uma oportundiade para praticar e avaliar as operações com a equipe quase completa em relação à que vai trabalhar durante os Jogos.O calendário completo dos eventos-teste dos Jogos Rio 2016 será divulgado ao longo do ano.

Das 45 competições programadas, cerca de 25 serão operadas pelo Comitê Rio 2016. Nos outros casos, quando os eventos-teste serão de responsabilidade da Federação Internacional ou da Confederação Brasileira de cada esporte, o Comitê terá participação em operações específicas de testagem. 

Se são fundamentais para a organização dos Jogos, os eventos-teste não são menos importantes para os atletas. Campeão Olímpico de vôlei de praia em Atenas 2004, o brasileiro Emanuel participou da preparação do evento-teste de sua disciplina para os Jogos Londres 2012. Um ano antes, ele e o então parceiro Alison, dupla que viria a conquistar a prata em Londres, foram convidados a conhecer a instalação e ouvidos pelos organizadores do evento.

“Foi fundamental saber antes como seria a nossa logística nos Jogos e conhecer melhor a arena, os locais por onde precisaríamos passar e onde poderíamos descansar entre um treino e outro, por exemplo”, afirma o atleta, dono de uma medalha Olímpica de cada tipo, em cinco participações nos Jogos.

“Em um esporte como o vôlei de praia, onde as condições naturais influenciam nas partidas, este primeiro contato é ainda mais importante, pois precisamos conhecer desde a orientação do sol até a densidade da areia. Em Londres, lembro que no evento-teste detectamos que uma corrente de vento entrava na quadra em diagonal e, nos Jogos, quando a arena foi montada, essa passagem de ar foi obstruída, evitando esta dificuldade”, completa o brasileiro.


Foto: Alex Ferro
Fonte: Rio 2016

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