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Especialista vê tempo curto, mas viável para obras no Rio 2016

 O tempo está curto, mas ainda dá tempo para obras. Isso é que diz os especialistas sobre a obra do Parque Olímpico, principal equipamento para os Jogos Olímpicos de 2016 no Rio de Janeiro, que sediará 15 modalidades, além de outros nove esportes paralímpicos.

De acordo com o comitê organizador e a prefeitura do Rio de Janeiro, responsável pelo andamento das obras no terreno de 1,18 milhão de metros quadrados onde funcionou o antigo Autódromo de Jacarepaguá, diariamente, circularão no espaço 120 mil pessoas, entre atletas, comissões técnicas, delegações, jornalistas etc. O orçamento é de R$ 1,6 bilhão, com verba municipal e privada.

Na extensa área onde serão erguidos pelo projeto conceitual o Centro Olímpico de Treinamento (COT), com três arenas (basquete, judô, luta livre, dentre outras modalidades), um velódromo, o Centro de Tênis, a Arena de Handebol, e o Centro Aquático, estes dois últimos serão temporários e desmontados ao final das competições, o que se observa é um grande descampado com alguns tratadores e operários.

Os mesmos operários que entraram em greve por duas semanas atrás de melhorias salariais e que colocaram ainda mais em risco o prazo complexo de execução das obras. “Já tenho que tratar das minhas (greves), tenho que tratar dos outros agora”, indagou o prefeito Eduardo Paes, na coletiva de imprensa de apresentação da estimativa de orçamento geral dos Jogos, junto com as obras de infraestrutura urbana, já na casa dos R$ 36,7 bilhões. “Eu pago a empreiteira (Consórcio Rio Mais) para isso. O Parque Olímpico vai tão bem que mesmo com a greve não houve desvio. Vamos recuperar o tempo perdido”, assegurou.

O fato é que, em um comparativo com as duas últimas sedes olímpicas, a impressão que se tem pelas imagens aéreas de época é que o Rio de Janeiro encontra-se na fase de fundação, base para o erguimento das estruturas, enquanto que Pequim e Londres, no mesmo período, já tinham estruturas aparentes.

Em 2006, na imagem do Ninho de Pássaro, por exemplo, onde funcionou o atletismo, a capital chinesa já demonstrava maiores avanços, a exemplo da inglesa, cuja foto aérea de 2010 mostra o estádio olímpico erguido ao lado de outras estruturas. “Não vamos fazer um Ninho de Pássaro no Rio de Janeiro. Virou um mausoléu de desperdício de dinheiro público. Não vamos fazer isso aqui”, afirmou Eduardo Paes, que sempre bate na tecla do tal legado olímpico.

Para Sérgio Magalhães, presidente do Instituto de Arquitetos do Brasil, o prazo é curto, mas dá para fazer. "Dois anos para as obras do Parque Olímpico, que é mais complexo, e do Parque de Deodoro, que é menos complexo, é um prazo pequeno, mas viável. As fotografias indicam algumas estruturas dos equipamentos sendo levantadas. Certamente grande parte das infraestruturas deve estar concluída; logo, já há um bom caminho andado”, afirma.

Magalhães afirma ainda que há algo mais significativo que as obras civis. “O que é mais significativo é a implantação dos sistemas de operação. Aí se precisa um bom tempo, sobretudo para os testes e ajustes. No entanto, o que está atrasado e vale a pena ainda se fazer um esforço adicional para recuperar a agenda é a despoluição da baía de Guanabara. Só reduzir o lixo flutuante é muito pouco. Convém insistir pelo menos no tratamento dos rios.", afirma, sobre o projeto que está a cargo da Secretaria Estadual de Ambiente e que já deveria ter começado, mas ficou emperrado na justiça até dezembro do ano passado.

Porta-voz dos equipamentos olímpicos desde que a Prefeitura do Rio de Janeiro assumiu o andamento das obras das arenas e instalações, o prefeito Eduardo Paes refuta qualquer tipo de atraso. “O parque olímpico está absolutamente em dia. Foto de obra, quando você está fazendo as fundações, é assim mesmo, mas aquilo está sem desvio nenhum, assim como o campo de golfe. E Deodoro a gente espera estar devidamente dentro do cronograma”.

Fonte: esportes.terra.com.br

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