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COB prevê: Lais Souza fará tratamento em Miami por mais quatro meses



Lais Souza já faz passeios há cerca de um mês, mas o hospital Jackson Memorial, em Miami, ainda deve ser a casa da ginasta e esquiadora por mais quatro meses. Essa é previsão de Marcus Vinícius Freire. Em um evento de gestão esportiva em São Paulo, o superintendente executivo de esportes do Comitê Olímpico Brasileiro (COB) atualizou a estimativa da entidade para a duração do tratamento da brasileira nos Estados Unidos. Inicialmente, os médicos do COB acreditavam que ela se mudaria para o Brasil no fim deste semestre. 

- Estimamos que ela vai precisar ficar mais quatro meses lá, para continuar o tratamento. E o COB vai pagar tudo, está pagando tudo. A conta já chega em 500 mil dólares, e o COB pagou 100%


Lais sofreu um trauma severo na terceira vértebra cervical durante um treinamento para as Olimpíadas de Inverno de Sochi, no dia 27 de janeiro. A ginasta, que se aventurava no esqui aerials, precisou ser submetida a uma cirurgia para fazer o realinhamento da vértebra. Lais foi transferida de Salt Lake City para o hospital Jakcon Memorial, que é referência mundial no tratamento de lesões medulares. Os médicos estudam iniciar tratamentos com células tronco e com um exoesqueleto, controlado pelo cérebro. Para avaliar a resposta de Lais a esses tratamentos, ela terá de estender sua permanência em Miami.


Em São Paulo, Marcus Vinícius Freire ressaltou que o COB está arcando com as despesas do tratamento de Lais. Em março, gerou polêmica uma campanha para arrecadar fundos para a atleta promovida pela família de Lais, com o apoio do COB. Muitos atletas olímpicos criticaram a atuação das entidades esportivas, alegando que elas deveriam bancar todos os gastos da ginasta e esquiadora. Em nota, o COB esclareceu seu papel no tratamento de Lais Souza.


DEMORA NO BOLSA ATLETA E NO BOLA PÓDIO


Marcus Vinícius também comentou a demora que alguns atletas relataram no recebimento de benefícios como o Bolsa Pódio e principalmente o Bolsa Atleta. Os dois projetos são do Ministério do Esporte, que explicou os motivos por que os benefícios tardaram a chegar aos atletas. Marcus Vinícius diz que o COB ajudou a normalizar a situação e reconhece que essa demora atrapalhou o planejamento de alguns atletas de olho nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, em 2016.


- Qualquer “gap” sempre atrapalha. O Ministério conseguiu atualizar, está normalizando. Foi uma guerra, entendo, reclamei também, ajudei, mas agora está encaminhado. Mas sempre que tem “gap”, tem um espaço em aberto que precisa recuperar o mais rápido possível.


DUPLA NO TÊNIS


O superintendente executivo de esportes do COB ressaltou que monitora vários brasileiros com potencial de brilhar no Rio 2016. Na lista estão os tenista 
Marcelo Melo e Bruno Soares. Os dois já anunciaram que formarão dupla no Jogos, mas, ao menos até esta temporada, continuarão jogando separadamente. Bruno faz parceria com o austríaco Alexander Peya, enquanto Marcelo joga com o croata Ivan Dodig. Marcus Vinícius conta que deseja ver os dois lado a lado no Circuito da ATP o mais rápido possível, mas que isso não preocupa os tenistas no momento
.

- Faltam 800 dias, é um sprint final de 100 metros, não é maratona. O quanto antes você juntar os dois vai ver defeitos, valores e necessidades. Temos 196 atletas que olho toda segunda-feira, vejo qual posição dele no mundo, converso com meu time para ver o que falta para ele pular para uma colocação melhor: falta psicólogo, um novo barco, um treinador estrangeiro, morar em Cingapura, uma bicicleta no BMX. É detalhe. Cada um tem o seu. Nessa dupla, estão jogando separados. Uma cosia é jogar de vez em quando, outra é treinar todo dia com o cara. Quem vai ser o preparador, de um ou do outro? Onde vão treinar? Que piso? Uma agonia muito mais minha do que deles, disseram que vão começar em janeiro de 2016. Eu queria que fosse janeiro de 2015
.


FUTSAL NAS OLIMPÍADAS


Outro ponto comentado por Marcus Vinícius foi a campanha do futsal para se tornar um esporte olímpico. Ele foi categórica ao descartar a modalidade já para os Jogos do Rio de Janeiro e prefere deixar a questão nas mãos da Fifa e do COI (Comitê Olímpico Internacional).- Para o Rio 2016 é impossível. O programa olímpico está pronto. Para os Jogos de Tóquio, em 2020, futsal e futebol de areia são assuntos da Fifa. Eles deveriam encabeçar esse movimento. Não existe futsal independente. Futebol de areia independente. Prefiro não me meter, mas acho difícil nos dois próximos ciclos olímpicos.

Fonte: Globoesporte.com
Foto: Arquivo Pessoal

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