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Técnico de Bolt vê perseguição aos jamaicanos em casos de doping






Destaque negativo no noticiário, os recentes casos de doping de atletas jamaicanos seguem repercutindo na mídia internacional. Depois da Agência Mundial Antidoping (Wada) declarar que começará uma investigação "extraordinária" à Comissão Antidoping da Jamaica (Jadco), foi a vez do técnico do atleta recordista mundial Usain Bolt e do ex-campeão Yohan Blake, Glen Mills, defender os esportistas locais. Em entrevista ao tablóide britânico, Daily Mail, o treinador afirmou que a mídia internacional é uma das maiores culpadas por essa repercussão, o que ele considera como "sensacionalismo".

- O alvo é a Jamaica por causa do sucesso. Ninguém quer ver a Jamaica continuar o domínio de correr a nível mundial. Temos que questionar o equilíbrio das reportagens. Eu li alguns artigos terríveis tentando insinuar que o sucesso de Usain Bolt é falso por conta disso tudo. Tivemos alguns resultados de análises adversos para estimulantes e algumas outras coisas, mas há tantos casos de uso de esteróides em outros países nos últimos dois meses e não há sensacionalismo em torno desses países ou atletas - criticou Glen Mills.

O ex-diretor executivo da Jadco, Renee Anne Shirley, recentemente revelou um colapso quase completo em testes realizados entre janeiro e julho de 2012, período que antecedeu os Jogos Olímpicos de Londres. A Jamaica venceu oito das doze medalhas individuais entre corredores nas Olimpíadas. Bolt se tornou o primeiro homem a vencer os 100 e 200 metros em Jogos consecutivos, e ainda por cima, participou da vitória no revezamento, que terminou com um novo recorde mundial para o país.

Em resposta ao desejo da Wada em visitar a Jadco, a primeiro-ministro da Jamaica, Portia Simpson-Miller, em entrevista ao jornal The Gleaner, adotou um discurso de apoio ao esclarecimento dos problemas envolvendo os atletas jamaicanos.
- Essa visita é bem-vinda. A Jamaica procura manter o seu compromisso inabalável com a integridade no esporte - declarou.

Apesar do sinal verde, a investigação pode começar apenas em 2014, o que seria um pedido do próprio Comitê Antidoping da Jamaica. O diretor geral da Wada, David Howman, afirma que a análise em busca de substâncias proibidas não deve depender apenas da ciência.

- Há uma lista de coisas que temos que ficar de olho e uma delas é a continuação do desenvolvimento de drogas sintéticas. As pessoas estão usando doses menores. Em alguns casos, essas doses podem ser indetectáveis em três, quatro ou cinco horas e apenas dar uma pequena vantagem para o atleta. É um exemplo de que não podemos confiar inteiramente na ciência e temos que olhar para outras formas, como a coleta de informações - disse Howman.

Entre os atletas flagrados recentemente estão: Asafa Powell, ex-recordista mundial dos 100m, Shenone Simpson, medalhista de prata no 4x100m, e Veronica Campbell-Brown, que foi absolvida pelo comitê jamaicano recentemente e atualmente tem seu caso revisado pela IAAF.

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