Um operário empregado na construção dos prédios que compõem o complexo olímpico de Sochi trocou o dia de trabalho por um protesto silencioso em frente à obra do futuro centro de mídia dos Jogos. Sob a alegação de estar há dois meses sem receber salários, Roman Kuznetsov costurou a boca e iniciou uma greve de fome para chamar atenção da imprensa e criticar os organizadores dos Jogos e a empresa responsável por sua contratação.
Recentemente, outra denúncia envolvendo os operários das obras de Sochi veio à tona. Centenas de trabalhadores que supostamente violaram legislações de imigração e trabalho teriam sido detidos em “condições desumanas” na Rússia. De acordo com a organização americana Human Rights Watch, vários deles foram amontoados em locais sem proteção de intempéries e até sem comida.
Segundo a ONG, as prisões começaram em setembro após vistorias nas obras. A maior parte dos trabalhadores foi liberada horas depois da detenção, mas alguns permaneceram em instalações da polícia local por mais de uma semana. A organização afirma ter um vídeo gravado pelo celular de um dos advogados que mostra entre 40 e 50 homens em um galpão improvisado – informação negada pela polícia.
"Essas detenções abusivas aconteceram bem debaixo do nariz do Comitê Olímpico Internacional (COI) durante as inspeções, e o COI ainda mantém o silêncio sobre elas" – disse a diretora associada de Europa e Ásia da Human Rights Watch, Jane Buchanan.
Fonte: Globoesporte.com
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