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Daniele Hypolito faz apelo para que Cegin não feche as portas em Curitiba





Em novembro do ano passado, a vida virou do avesso. O incêndio no ginásio de ginástica do Flamengo fez Daniele Hypolito e seus então companheiros de treino perderem o chão. Ficaram sem um local de treinamento e pouco depois receberam a notícia de que o clube não renovaria seus contratos. O grupo teve de se separar.  Ela e Jade Barbosa chegaram a treinar no CT do Velódromo, que acabou sendo fechado em fevereiro. Logo depois, foram acolhidas em Curitiba e passaram a defender o Cegin (Centro de Excelência de Ginástica). Só não esperavam voltar a passar por um novo período de incertezas. Nesta quarta-feira, técnicos estrangeiros e as atletas foram comunicados de que não seria dada continuidade ao projeto gerenciado pelo LiveWright, fundado por um grupo de empresários, e que contava com recursos incentivados do Ministério do Esporte.

Sem a verba, o Cegin está ameaçado de fechar as portas. Para evitar que isso aconteça, a presidente da Federação Paranaense, Vicélia Florenzano, busca uma solução para manter o local em funcionamento até fevereiro, mês em que espera poder contar com recursos da lei de incentivo ao esporte. Um caminho para ganhar sobrevida pode ser o apoio do governo do estado. Em meio à crise, Daniele Hypolito tenta manter a rotina e o otimismo.

- Tive um ano tão tumultado que daqui para frente acho que os próximos vão ser maravilhosos. Ainda estou digerindo a situação. A gente não sabe bem ao certo o que vai acontecer. É uma situação complicada e até difícil de falar agora porque sei que Vicélia e Eliane Martins (coordenadora do Cegin) estão correndo atrás de outros patrocínios. Então, temos que aguardar. Elas tiveram que mandar funcionários embora. Sei que os técnicos estão apoiando as duas, mas ninguém trabalha de graça. Eu sigo treinando e tentando manter a tranquilidade. Tenho que fazer isso e apoiá-las porque foi o que fizeram quando mais precisei. No que eu puder ajudar para conseguir um patrocínio, vou fazer. Temos ali uma estrutura maravilhosa e fomos pegos de surpresa - disse Daniele.

A experiente ginasta diz ainda não ter parado para pensar sobre a possibilidade de ter de fazer as malas novamente e procurar um novo local de treinamento. Acredita que alguém irá olhar com carinho para a ginástica e evitar que um núcleo de formação tão importante, que estava sob o comando dos ucranianos Oleg Ostapenko e Irina Ilyashenko desde 2011, seja desfeito. A partir de 1º de novembro, caso não seja encontrada uma solução, as 220 meninas não deverão mais ter aulas.

- Se isso acontecer, vamos perder metade de uma geração. As Olimpíadas de 2016 vão ser no nosso país e isso, querendo ou não, prejudica uma preparação por se tratar de um clube forte. A gente só pode pedir para que as pessoas comecem a olhar para o que está acontecendo no esporte do Brasil. A ginástica teve tanta coisa este ano... Diego e os meninos ainda estão sem clube, o Arthur Zanetti pediu ajuda por mais estrutura e agora é outro clube precisando de apoio. Mas Vicélia sempre batalhou pela gente desde que era presidente da CBG e continua lutando pelo que acredita ser ideal para uma boa estrutura. Ela e Eliane têm o projeto encaminhado para 2014 e conseguir algo a três meses do fim do ano é uma questão delicada. Não depende só dela e, por isso, peço que as pessoas olhem com carinho e abracem o esporte.

Através de nota oficial, a CBG afirmou que não conta com recursos para bancar algumas atletas de ponta, mas que fará o possível para ajudar. "Lamentamos muito o que está acontecendo com o Cegin, que é um dos clubes mais importantes do Brasil e grande formador de ginastas. Infelizmente, a Confederação não tem como ajudar financeiramente ao clube e nem se responsabilizar pela contratação das ginastas de ponta, como acontece em qualquer esporte. Mas, vamos fazer o que estiver ao nosso alcance para ajudar. Vamos torcer para que o clube consiga outros parceiros e possa manter esse importante trabalho".

Fonte: Globoesporte.com
Foto: AFP

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