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Martinho da Vila vê neto brilhar no taekwondo e sonha com Rio 2016






Antes de completar 11 anos, parecia que Leonardo seguiria o mesmo caminho de quase toda a sua família paterna. O jeito que mexia nos instrumentos musicais indicava que, assim como o avô famoso, Martinho da Vila, entraria no mundo do samba. Mas, por escolha própria, preferiu trocar as notas musicais por golpes precisos. O primeiro passo para a mudança foi a capoeira, que o levou a usar bem as pernas e, em seguida, se encantar pelo taekwondo. Atleta da Vila Olímpica do Salgueiro, Léo é um destaque aos 16 anos. Foi campeão do ''Brazil Games'', um dos principais torneios da América Latina, e trabalha para alcançar a sonhada faixa-preta.

Na busca pela medalha de ouro na competição, realizada no mês passado, em São Paulo, Léo acabou se machucando. Mesmo com o pé quebrado, mostrou que a escolha de trocar a música pelo esporte foi mesmo acertada. Lutou e venceu. Apesar de quebrar e tradição familiar da Vila Isabel, é motivo de orgulho, sobretudo para o avô.

- Acho incrível, porque, desde muito pequeno, ele sempre se dedicou e gostava muito de competir, e hoje ele é um campeão. Eu nunca pensei nisso: em uma família de músicos, ter um atleta. Mas eu sonho em vê-lo competindo nas Olimpíadas de 2016, no Rio de Janeiro - disse o avô de Leonardo, o cantor Martinho da Vila.

Apesar das tradições familiares, Léo não esconde que música não é sua preferência. Ele mostra sinceridade ao confessar que não gosta de nenhum gênero musical. Mesmo assim, recebeu todo o apoio que precisava para iniciar sua trajetória no âmbito esportivo.

- Eu não levo muito jeito para música e nem gosto. Minha família por parte de mãe era mais do esporte, tenho um tio que lutava jiu-jítsu. Mas meu pai e meu avô sempre e apoiaram. Iam gostar que fosse músico, mas, quando eu decidi pelo esporte, deram força na hora à minha decisão - disse Léo.

Além do apoio de Martinho, Léo também recebeu todo o respaldo necessário do pai e também músico, Tunico da Vila. Ele reconhece que foi surpreendente ver o filho caminhando para o caminho do esporte, mas se diz orgulhoso.

- Não teve jeito. O negócio dele é luta. A gente sempre o incentiva com isso. Mesmo viajando muito, tentamos acompanhar. O Léo só ganha medalha de ouro, é motivo de muito orgulho. Afinal, 2016 está aí - disse o pai do garoto, Tunico da Vila.

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