Após Mundial, André Brasil sonha com as Olimpíadas: 'Não vou desistir'
Carioca, nascido no Méier e criado no Grajaú (bairros da Zona Norte do Rio), André Brasil foge ao tom político em suas entrevistas. Sincero, determinado e comunicativo, o nadador paralimpico de 29 anos nunca escondeu que o seu grande sonho é disputar uma edição das Olimpíadas. Vítima de uma poliomielite na infância, André minimiza a pequena deficiência na perna esquerda - mais fina que o normal - na hora de pensar em alçar voos maiores na carreira. Com tempos próximos aos índices olímpicos estabelecidos pela Fina (Federação Internacional de Natação) para os 50 e 100m livre dos Jogos de Londres, o carioca - que conquistou cinco medalhas no Mundial de Montreal - afirmou que dará o seu máximo nestes três anos que antecedem a Rio 2016.
- O sonho ainda persiste, tenho vontade e vou conseguir. Eu não me sinto diferente do Thiago (Pereira) e do Cesar (Cielo). Não vou desistir - disse André, que sempre conciliou o esporte paralímpico com as competições convencionais, como o Troféu Maria Lenk.
Para repetir o feito de Natalie du Toit, Oscar Pistorius e Natalia Partyka, primeiros atletas paralímpicos a competirem nos Jogos Olímpicos de Verão, André terá de baixar aproximadamente 1 segundo para conseguir o índice B dos 100m livre da Rio-2016, tomando por base os índices estabelecidos pela Fina para Londres. No Mundial de Montreal, o carioca ganhou o ouro na prova com 51s57, tempo próximo aos 50s53 exigidos no último ciclo olímpico.
Nos 50m livre , o desafio é parecido. Ouro com 23s37, ele precisa baixar para 22s88 para conseguir ao menos o índice B. Morando em São Paulo, onde treina, André se diz maduro para alcançar o seu objetivo.
- Posso dizer que vivo um novo momento na minha vida, penso bem diferente daquele André que começou no esporte, mas, na realidade me sinto um garoto pronto para uma guerra - destacou.
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