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E o Brasil nos Jogos Olímpicos de 2016?






Dá para prever como estará o esporte olímpico do Brasil em 2016?

Seria no mínimo uma irresponsabilidade qualquer pessoa cravar sobre a performance do Brasil nas Olimpíadas do Rio, em 2016. O ministro do Esporte, Aldo Rebelo, assim como os dirigentes do COB, projetam o Brasil terminando entre os dez primeiros no quadro geral de medalhas. Só como comparação, em Londres 2012 a Austrália, que ficou justamente na 10ª posição na classificação final nas últimas Olimpíadas, conquistou um total de 35 medalhas (sete delas de ouro), contra 17 do Brasil (que voltou com três medalhas douradas para casa).

Como não sou Mãe Dinah e nem tenho pretensões para isso, prefiro me ater a fatos e evidências. Uma projeção do desempenho brasileiro passa nos próximos Jogos Olímpicos passa, obrigatoriamente, pela forma que será feita a preparação dos esportes olímpicos brasileiros neste próximo ciclo, que se inicia em 2013. Mas é possível vislumbrar que as principais esperanças de medalha do país passam pelas mesmas modalidades que já brilharam em 2012.

Ou seja, judô, vôlei, vôlei de praia, natação, vela dificilmente deixarão os próximos Jogos de mãos abanando. São as nossas "bolas de segurança". Se acrescentarmos ainda à esra lista a ginástica artística masculina (por causa de Arthur Zanetti), atletismo (impossível que a modalidade repita a ridícula participação de Londres), boxe e futebol, eis o quadro de possíveis medalhas em 2016. O que vier fora disso será considerado zebra.

Mas como foi dito anteriormente, tudo tem a ver como a forma de utilização dos recursos financeiros na próxima preparação olímpica. Nunca houve tanto dinheiro à disposição do esporte olímpico como agora. O governo ainda acena com uma espécie de "Bolsa Medalha", que irá injetar R$ 1 bilhão até 2016, na preparação dos principais atletas brasileiros. Mas de nada adianta essa dinheirama toda se ele não for bem aplicado pelos dirigentes brasileiros. Ainda existem muitas distorções na distribuição de verbas públicas no esporte brasileiro, como bem demonstra a última divulgação dos recursos da Lei Agnelo/Piva, semana passada.


Mas e o legado?

Se já é complicado fazer previsões de resultados com tanta antecedência assim, pior é tentar prever qual será o legado que os Jogos Olímpicos e Paraolímpicos deixarão para o Brasil a partir de 2016. Como não se faz qualquer projeto a longo prazo, tudo o que existe atualmente tem como data de validade justamente 2016. O que é um grande perigo. Não são vistos projetos sérios e de grande investimento visando aproveitar esta verdadeira onda esportiva que irá se abater por este país nos próximos quatro anos.

Para que todo este boom olímpico não seja jogado no lixo, é importante que exista um esforço concentrado do Governo (via Ministério do Esporte), entidades esportivas (algo que deveria ser feito pelo COB) e iniciativa privada nos próximos anos, para que exista realmente um legado esportivo no Brasil e que ele se transforme realmente em um país olímpico. Não apenas no papel, mas de fato.

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