Após Yamaguchi e Esquiva Falcão conquistarem as medalhas de bronze e prata, respectivamente, nos Jogos Olímpicos de Londres, o assédio para eles se tornarem boxeadores profissionais aumentou consideravelmente. O lançamento em Brasília do Dia Nacional do Boxe foi o "esquenta"
para mais um capítulo da negociação entre o americano Arthur Pelullo,
ex-empresário de Acelino "Popó" Freitas, e a dupla. Por enquanto,
Yamaguchi ainda não bateu o martelo. Apenas Esquiva tomou uma decisão
que pareceu difícil: vai tentar mais um pódio olímpico, agora nos Jogos
do Rio.
"Tem muita proposta boa, estou avaliando bastante, mas acho que já me
decidi: vou continuar no amador até 2016. Tem o Bolsa Pódio, a
Petrobras, que vai me ajudar mais um pouco. De grão em grão a galinha
enche o papo" – disse Esquiva, por telefone, ao site Globoesporte.com.
Para virarem profissionais, os irmãos pedem alto. Segundo a edição desta
quarta da “Folha de S.Paulo”, Pelullo ofereceu US$ 50 mil (R$ 104 mil),
mas os brasileiros fizeram uma contraproposta de R$ 150 mil, valor alto
na avaliação do empresário. A ajuda governamental rende aos dois R$ 36
mil, fora os contratos com a iniciativa privada.
"Está aparecendo muita proposta para mim que está difícil me manter. O
que eu posso afirmar é que ainda estou analisando, e talvez vocês possam
ver o Yamaguchi em 2016, talvez vocês possam ver o Yamaguchi lutando no
profissional. Nao posso afirmar que vou ficar até 2016, porque no
momento está aparecendo muita coisa para mim, muita coisa mesmo" – disse o
boxeador.
Os dois divergem até em outro fator que pode ajudá-los a permanecer no
boxe olímpico. A Associação Internacional de Boxe Amador (AIBA) criou
uma categoria que permite que lutadores olímpicos atuem como
profissionais sem perder a condição de participar dos Jogos Olímpicos.
Yamaguchi recebeu uma proposta de contrato, mas não aceitou. Esquiva
ainda está analisando e deve decidir até janeiro.
Fonte: Globoesporte.com
0 Comentários