O ginasta brasileiro Diego Hypolito passou por duas cirurgias nesta quinta-feira em um hospital de São Paulo e deve receber alta nesta sexta-feira. O atleta foi submetido a uma artroscopia no ombro esquerdo, para
reparação de ligamentos, e a outra no pé direito, para limpeza articular
e retirada de osteófitos - caracterizados pela proliferação anormal de
tecido ósseo em áreas inflamadas. As cirurgias foram realizadas pelos médicos ortopedistas Breno Schor e Mauro Dinato e duraram cerca de seis horas. Diego seguirá imobilizado por um período de 20 a 30 dias e logo depois seguirá para as sessões de fisioterapia. Em quatro meses, o ginasta poderá voltar aos treinos, e dois meses depois, voltar a competir.
"Conversamos desde o ano passado sobre qual seria o momento certo para realizar esses procedimentos. E decidimos que, após as Olimpíadas, era a hora ideal. As lesões são antigas e não são simples. Ele já havia sido operado antes e os problemas estavam comprometendo seu desempenho" - avaliou Breno Schor, médico do Comitê Olímpico Brasileiro (COB) responsável por Diego.
Com as duas cirurgias, Diego Hypolito não poderá participar do Campeonato Brasileiro e do Circuito, ambos a serem realizados em Goiânia, na próxima semana. Mesmo sem competir, o ginasta ainda vai tentar viajar a Goiás para
acompanhar os torneios. As lesões já o incomodavam há algum tempo. Segundo o médico, as lesões do ginasta, principalmente a do pé direito,
contribuíram para o desempenho irregular de Diego em Londres. Após uma
queda na apresentação do solo, o brasileiro recebeu pontuação
insuficiente para avançar na disputa e, assim como em Pequim-2008, ficou
distante do sonho de uma medalha olímpica.
"Ele vai poder se movimentar muito mais. Diego não precisará se limitar
mais às apresentações do solo e poderá voltar a se dedicar a outros
aparelhos. Diante da gravidade das lesões, ele demonstrou uma garra
inacreditável em Londres. Mesmo com todos esses problemas, Diego provou
que consegue alcançar uma superação fora do normal".
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