Joaquim Cruz (BRA) cresceu em uma pobre vizinhança na cidade satélite de Taguatinga (DF). Mesmo com o seu pai trabalhando de manhã até a noite para sustentar sua esposa e seus quatro irmãos, levou o salário de um mês para ter dinheiro o bastante para comprar um par de tênis para seu único filho. Poucos meses após de pai morrer, em 1981, Cruz, então com 18 anos, um relutante ex-jogador de basquete, marcou o recorde mundial junior, com o tempo de 1::44.3. Seu técnico, Luiz de Oliveira, decidiu que se Cruz quisesse alcançar o seu potencial, teria que se mudar para os Estados Unidos. Então Joaquim, seu técnico e a sua família se mudaram para os EUA, onde primeiro moraram no estado do Utah, e depois para a cidade de Eugene (USA). Em 1983, Cruz tinha o segundo do mundo, apenas atrás de Sebastian Coe (GBR).
Joaquim venceu a sua primeira bateria com 1:45.66, venceu as quartas de final com 1:44,84 e ganhou a semifinal marcando seu melhor tempo na carreira com 1:43.82. A outra semifinal foi vencida por Coe. Na final, Cruz posicionou-se em segundo lugar, atrás de Edwin Koech (KEN), deixando o queniano liderar, e Coe estava logo atrás do brasileiro. Saindo da última curva, Cruz disparou passando Koech e deixando todos os demais corredores para trás. Coe e Earl Jones (USA) tentaram sair a caça de Joaquim, mas não o alcançaram e o brasileiro venceu com a maior margem da prova desde os Jogos de 1928. A vitória de Joaquim Cruz entrou para a história como a primeira medalha de Ouro brasileira em prova de pista no atletismo.
Segue o vídeo abaixo com a prova:
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