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Coluna Surto Mundo Afora #16

Beisebol

Começou a temporada da mais importante liga de beisebol do mundo, a Major League Baseball, ou simplesmente, MLB. Este ano com uma atenção redobrada, haja vista que estamos no auge do ciclo olímpico e o esporte voltará ao Programa em Tóquio 2020, no Japão, um dos países mais apaixonados pela modalidade. A grande expectativa é sobre os jovens talentos, já que nos Estados Unidos jogam atletas do mundo todo e muitos estarão na próxima Olimpíada.

Entre as nações chamadas de potência esportiva do beisebol estão os próprios americanos, Japão, Venezuela, Cuba e República Dominicana. Outros, mesmo não sendo potências, apresentam grandes equipes, como diversos países caribenhos e o México, onde o esporte tem grande penetração no norte e noroeste local.

A regra é simples: 30 times são em duas ligas (Americana e Nacional), onde o vencedor de cada uma disputa a World Series, valendo o título da temporada. Joga-se todos os dias, completando um total de 162 partidas para cada equipe. Há grandes rivalidades em campo e muitos estrelas dando as caras, como Magic Johnson, um dos donos do Los Angeles Dodgers.

Para 2020, é bem provável que equipes jovens ou de ligas menores sejam enviados, como fez a NHL com os atletas de hóquei no gelo. Isto porque, seguindo o calendário, os Jogos Olímpicos serão no meio da temporada regular, entre julho e agosto, quando os times estão decidindo o futuro na MLB. Entretanto, não é descartável a qualidade desses jogadores. Ao contrário de outras modalidades, as ligas menores no beisebol não são divisões inferiores, mas sim categorias de base.

O maior exemplo é que jovens draftados vão para clubes afiliados aos da Major League, é a chamada MiLB, Minor League Baseball. Ao todo são 247 equipes, divididas em sete ligas administradas pela Comissão, mais duas independentes. A mais importante delas é a chamada "Triple A", porta de entrada para as Grandes Ligas. É nessa (e na "Double A") que estão os aspirantes a Tóquio 2020.

Certamente alguns países não levarão atletas que atuam nos Estados Unidos, é o caso de Cuba. A grande maioria dos jogadores cubanos que jogam nas MiLB e MLB são desertores ou refugiados políticos, caso das grandes estrelas atuais, como Yasiel Puig, do Los Angeles Dodgers, e Aroldis Chapman (medalha de ouro no Pan do Rio 2007), do New York Yankees. Ambos emigraram da ilha e foram para outros países, depois indo para os Estados Unidos. Porém, nunca mais voltaram a vestir a camisa tricolor comunista.

Em 2016, quando Barack Obama visitou Havana e reabriu relações entre os dois países, uma Seleção Cubana formada apenas por atletas que atuam nas ligas locais foram convocados para a partida contra o Tamba Bay Rays. Nenhum atleta da MLB foi chamado. O mesmo deve ocorrer daqui a dois anos, só que agora com outras seleções.

Ainda assim, vale acompanhar a temporada. Principalmente para compreender o esporte, que ainda sofre muito preconceito no Brasil por ser pouco popular. Tratado como um xadrez, este ano serão seis brasileiros entre MLB e MiLB: Paulo Orlando (Kansas City Royals), Yan Gomes (Cleveland Indians), Leonardo Reginatto (ligas menores com o Minnesota Twins), Thyago Vieira (ligas menores com o Chicago White Sox), Bo Bichette (ligas menores com o Toronto Blue Jays) e a maior promessa nacional, Eric Pardinho (ligas menores com o Toronto Blue Jays), de 16 anos. Todos atuam pela Seleção Brasileira.

Este ano, assim como nos dois últimos, a transmissão brasileira ficará a cargo da ESPN e Fox Sports.

Curling

Uma das potências do Curling, o Canadá se recuperou do vexame dos Jogos Olímpicos de Inverno e foi campeã mundial ao derrotar a Suécia por 7 a 6, com um end extra. A grande final contou com o duelo das consideradas grandes estrelas do esporte, Anna Hasselborg pelo lado sueco e Jennifer Jones pelo canadense.

Sem transmissão nas TVs do Brasil, o Mundial teve boa audiência nos países participantes, o que animou os organizadores. Lembrando que as Olimpíadas de Inverno aconteceram um mês antes da competição.

Essa recepção popular para com o Curling é algo que visa a ampliação da modalidade, que se tornou uma uma da mais carismáticas recentemente. Principalmente para atrair novos adeptos e espectadores, com foco nos jovens. Durante PyeongChang 2018, o jornal Washington Post chegou a lançar uma reportagem sobre como se comportar em uma partida e o que encontrariam os marinheiros de primeira viagem.

Um dos planos é a expansão ainda maior do esporte nos EUA, tratados como grandes propagadores esportivos e formadores de opinião nesse segmento.

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