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Atletas apostam em fator casa na canoagem slalom para os Jogos de 2016


Nos Jogos Olímpicos de 2016, o Brasil vai em busca da primeira medalha da história do país na canoagem slalom. Para chegar lá, as principais apostas até o momento são Ana Sátila e Pedro Gonçalves. Mas há outro fator que pode ajudar os brasileiros a chegar lá: o Estádio Olímpico de Canoagem Slalom, construído em Deodoro.

De 26 de novembro até o último domingo (29.11), o local recebeu pela primeira vez uma competição de alto nível, com muitos dos melhores do mundo na modalidade. Medalhistas olímpicos e campeões mundiais estavam entre os mais de 200 atletas que participaram do evento-teste e tiveram a oportunidade de conhecer a pista que será o palco da competição nos Jogos Olímpicos Rio 2016.

Depois das provas, no entanto, os estrangeiros vão embora e o espaço fica à disposição da seleção brasileira, que já se mudou para o Rio de Janeiro com o objetivo de aproveitar o acesso ao espaço o máximo possível. É justamente essa relação que faz a maioria dos atletas apontar que o fator casa pode auxiliar os brasileiros na briga pela primeira medalha na canoagem slalom.

“Uma das modalidades em que o fator local é fundamental é a canoagem slalom. Temos as estatísticas de resultados do país-sede tanto em Jogos Olímpicos quanto em Mundiais. No Pan de Toronto 2015, o Canadá conseguiu classificações que nas provas mundiais não consegue. A atleta que ganhou da Ana no K1 feminino fica atrás dela em todas as competições. A possibilidade de a equipe brasileira treinar neste período todo vai trazer resultado”, aposta João Tomasini, presidente da Confederação Brasileira de Canoagem (CBCa).

Os atletas também acreditam que a nova casa pode ter efeito positivo nos resultados no ano que vem. “Vai ser uma vantagem. A gente vai morar aqui, poder vir todos os dias. É nossa casa agora. Vamos ter toda a oportunidade de treinar e vamos ter essa vantagem”, afirma Ana Sátila, do K1 feminino.

Para Pedro Gonçalves, o Brasil já tem se aproximado dos melhores do mundo nas competições internacionais. No Rio 2016, o Estádio Olímpico pode ajudar a dar o passo seguinte. “Vai ser a arma surpresa, o grande fator. Estar em casa, com a torcida e conhecer cada pedacinho desse canal vai ser fantástico. Vamos chegar aos Jogos com maior chance de medalha”, destacou Pepe.

Opinião estrangeira

Medalhistas na prova do C1 masculino no evento-teste, o britânico David Florence, dono de duas medalhas de prata em Jogos Olímpicos, e o canadense Cameron Smedley também acreditam que o conhecimento da pista pode fazer diferença no resultado final.

“Eles estarão aqui todos os dias e é sempre uma vantagem competir no seu local de treinamento”, resumiu Florence, vencedor da prova do C1 em Deodoro. Além da pista, ele afirma que o público pode ser um trunfo. Florence teve a oportunidade de competir em casa nos Jogos de Londres 2012 e exaltou a experiência.

“Foi incrível. O público foi muito bom para nós. Sou amigo de alguns atletas brasileiros e estou animado por eles. Espero que seja tão divertido quanto foi para nós”, disse o canoísta, medalha de prata no C2 nos Jogos britânicos.

Situação parecida viveu Cameron Smedley este ano, nos Jogos Pan-Americanos de Toronto 2015. O atleta canadense também viveu a experiência de disputar uma competição em casa e aproveitou a situação, faturando a prata no C1 masculino.

“Aquilo foi incrível. Ter a torcida da casa torcendo para mim foi surreal e empolgante”, recordou. “Se conseguirem se sentir bem com a energia do público, acho que os atletas da casa têm alguma vantagem”, emendou.

Em relação a conhecer melhor a pista, Smedley também concorda que pode haver uma pequena vantagem, mas afirma que o fato de os atletas não conhecerem a montagem dos portões até o dia anterior à prova reduz o efeito. “Há muitas variáveis para se levar em conta. Acho que a disputa será bem nivelada”, encerrou.

Foto: Heusi Action

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