Período - 23/7 a 6/8/1967
Nações - 29
Atletas - 2361
Esportes - 19
Eventos - 169
Nações - 29
Atletas - 2361
Esportes - 19
Eventos - 169
Concorrente derrotado na corrida pela realização dos Jogos de 1963, a pequena cidade de Winnipeg (CAN) conquistou o direito de realizar a edição seguinte - assim, retornando os Jogos à América do Norte.
Com direito a presença do príncipe britânico Philip, marido da rainha Elizabeth II, a abertura da competição aconteceu no dia 23 de julho, sob muita chuva e problemas com os instrumentos musicais da banda que se apresentou na festa, além de um público pequeno, pouco mais de 18 mil pessoas presentes no estádio principal.
Entretanto, no geral, os mais de 2300 atletas conseguiram transformar o Pan em mais uma grande festa do esporte americano, e os problemas de abertura foram resolvidos com a boa organização do evento nos dias de competição.
Príncipe Philip faz discurso na Cerimônia de Abertura do Pan de 1967 em meio a chuva torrencial Autor desconhecido |
FIOLO E KOCH, OS DESTAQUES BRASILEIROS EM WINNIPEG
Thomaz Koch Autor desconhecido |
Fiolo colocou o Brasil no lugar mais alto do pódio na natação pela primeira vez desde 1951. Ele foi ouro nos 100m e 200m peito. Na Olimpíada de 1968, Fiolo terminou em quarto nos 100m peito.
No tênis, Thomas Koch foi campeão de simples, batendo o estadunidense Herbert Fitzgibbon na final, e em duplas, ao lado de Edson Mandarino, um dos maiores duplistas na época.
O judô também teve um bom desempenho em Winnipeg, com duas medalhas de ouro, com Akira Ono e Takeshi Miura, além de uma prata e um bronze.
Como de costume, a vela também medalhou dourado por duas vezes: Jörg Bruder, na classe Finn; e a dupla Carlos Henrique de Lorenzi e Nelson Piccolo, na Snipe.
A esgrima brasileira faturou o único ouro pan-americano de sua história em Winnipeg, com Artur Telles, na espada individual. Este também foi prata por equipes.
Equipe brasileira do hipismo em 1967 Haras Ambato |
O hipismo brasileiro chegou pela primeira vez no lugar mais alto do pódio em Pans naquela ocasião, na prova de saltos por equipes, com os cavaleiros Nelson Pessoa, Antônio Alegria e José Reynoso. Nelson também conquistou a prata na prova individual. O filho de Nelson, Rodrigo, repetiria o feito quase 30 anos depois, no Pan de 1995, em Mar del Plata.
O único esporte coletivo com ouro brasileiro foi o basquete feminino. As campeãs invictas que se tornariam bicampeãs pan-americano em 1971.
O boxe brasileiro teve uma atuação aquém das expectativas em 1967, e apenas Luís Fabre medalhou: perdeu para o argentino Jorge Ahumada na decisão dos médios e ficou com a prata. O atletismo, ainda que dominado pelos Estados Unidos, também decepcionou com só dois pódios, mas nenhum ouro - prata de Nelson Prudêncio no salto triplo e a lendária Aída dos Santos foi bronze no pentatlo.
O jovem Mark Spitz à época do Pan Autor desconhecido |
Outro nome destacado em Winnipeg foi o compatriota de Spitz, Bob Evans. Nos 400m, Evans igualou o recorde mundial, de 44s90, e claro, faturou o ouro. Um ano depois, Evans melhoraria seu desempenho, na Olimpíada, sendo o primeiro a superar os 44 segundos, quebrando o recorde com tempo de 43s86.
John Carlos foi outro atleta que apareceu em Winnipeg antes de ganhar fama olímpica. Um dos atletas que se manifestaram no pódio no México em 1968 com o gesto dos Panteras Negras, contra o racismo e por direitos civis aos negros (junto com Tommy Smith), Carlos venceu os 200m rasos, sem muito alarde e sem se manifestar na ocasião.
O futebol não mereceu destaque pela disputa em si, esvaziada com a falta das principais seleções latino-americanas (Brasil e Argentina especificamente), mas pelos medalhistas de prata e bronze. O México, em crescimento e próximo de sediar uma Copa do Mundo, levou o ouro. A prata ficou com Bermudas, com pouquíssima tradição futebolística; e o bronze ficou com Trinidad e Tobago, que viria a disputar pela primeira vez uma Copa do Mundo 39 anos após essa medalha.
Como esperado, domínio dos EUA em Winnipeg, voltando a colocar mais de 100 ouros de vantagem sobre o segundo colocado - o Canadá. Sem a vantagem de competir em casa, o Brasil caiu uma posição, mas seguiu no Top-3, com 11 ouros, 10 pratas e 5 bronzes.
Posição | País | O | P | B | Total |
---|---|---|---|---|---|
1 | Estados Unidos | 128 | 69 | 47 | 244 |
2 | Canadá | 17 | 39 | 50 | 106 |
3 | Brasil | 11 | 10 | 5 | 26 |
4 | Argentina | 8 | 14 | 12 | 34 |
5 | México | 7 | 16 | 25 | 48 |
6 | Cuba | 7 | 16 | 24 | 47 |
7 | Trinidad e Tobago | 2 | 2 | 3 | 7 |
8 | Venezuela | 1 | 4 | 6 | 11 |
9 | Colombia | 1 | 2 | 5 | 8 |
10 | Porto Rico | 1 | 2 | 3 | 6 |
11 | Chile | 1 | 1 | 3 | 5 |
12 | Peru | 0 | 2 | 1 | 3 |
13 | Uruguai | 0 | 1 | 4 | 5 |
14 | Bermudas | 0 | 1 | 1 | 2 |
15 | Equador | 0 | 1 | 0 | 1 |
15 | Barbados | 0 | 1 | 0 | 1 |
17 | Jamaica | 0 | 0 | 3 | 3 |
18 | Panamá | 0 | 0 | 2 | 2 |
19 | Antilhas Holandesas | 0 | 0 | 1 | 1 |
19 | Guiana | 0 | 0 | 1 | 1 |
19 | Ilhas Virgens Americanas | 0 | 0 | 1 | 1 |
Total | 184 | 181 | 197 | 562 |
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