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Os Jogos Olímpicos e a Televisão.

Os Jogos Olímpicos de 1936, em Berlim,  foram os primeiros jogos a terem transmissão pela televisão, mas apenas para a própria Alemanha. Os Jogos Olímpicos de Inverno de 1956, em Cortina D'Ampezzo (ITA), foram os primeiros jogos a serem internacionalmente transmitidos. A transmissão dos Jogos Olímpicos de Inverno 1960, em Squaw Valley (USA) foi a primeira que teve seus direitos vendidos para uma emissora de televisão (A CBS pagou 394.000 dólares pelos direitos de transmissão nos EUA e a União de Emissoras Europeias pagou 660.000 dólares). Nas décadas seguintes as Olimpíadas se tornaram uma das frentes ideológicas da Guerra Fria. As superpotências lutavam por supremacia política e o COI queria tirar vantagem desse interesse aumentado através dos direitos de transmissão. A venda dos direitos de transmissão permitiu ao COI aumentar a exposição dos jogos, gerando mais interesse e criando mais apelo para os anúncios na televisão. Esse ciclo permitiu ao COI aumentar sempre os valores pelos direitos de transmissão dos Jogos. Por exemplo, a CBS pagou 375 milhões de dólares pelos direitos dos Jogos Olímpicos de Inverno de 1998, em Nagano (JPN) e a NBC pagou 3,5 bilhões de dólares por todos os Jogos (Inverno e Verão de 2000 a 2012), sendo que a NBC também adquiriu os direitos de todos os Jogos entre 2014 e 2020 por 4,38 bilhões de dólares.

A Audiência cresceu exponencialmente desde os anos 60 até o fim do século passado. Isso foi devido a utilização dos satélites para transmissão dos Jogos ao vivo a partir de 1964 e a introdução da transmissão em cores a partir de 1968. A audiência global dos Jogos Olímpicos de 1968, na Cidade do México (MEX), foi de 600 milhões de pessoas; nos Jogos Olímpicos de 1984, em Los Angeles (EUA) a audiência cresceu para 900 milhões de pessoas; Em Barcelona 1992 a audiência chegou a 3,5 bilhões de pessoas. Entretanto, em Sydney 2000, a audiência da NBC registrou suas audiências mais baixas desde 1968. Essa queda foi atribuída a dois fatores: a intensa competição com a tv a cabo e a possibilidade de acompanhar os resultados e videos  em tempo real na internet. As televisões ainda confiavam em competições gravadas, o que se tornou obsoleto na era da informação.A queda na audiência resultou nas televisões tendo que abrir espaço para propagandas gratuitas na tv. Com os altos custos na compra dos direitos de transmissão, associada com a pressão da internet e a concorrência das televisões por assinatura, o lobby das televisões exigiriam concessões do COI para aumentar a audiência. O COI respondeu a isso fazendo alterações no programa Olímpico. Nos Jogos Olímpicos, a competição de Ginástica foi expandida de sete para nove noites e uma noite de Gala dos campeões foi criada para atrair mais audiência. as competições de natação e saltos ornamentais também foram expandidos. Outra mudança foi a possibilidade da NBC alterar os horários dos principais eventos para o "Prime Time" deles (20h as 23h-Hora da Costa Atlântica dos EUA) para atrair mais audiência.

No Brasil a Rede Globo mostrou os Jogos Olímpicos entre 1972 e 2008, dividindo, variadamente, as transmissões com a Cultura, Manchete, Bandeirantes, Record e SBT. Em 2012 a Record detêm a exclusividade dos Jogos Olímpicos de Londres na tv Aberta. Na tv fechada o Sportv transmite as Olimpíadas desde 1992, a ESPN desde 1996 e o Bandsports desde 2008. Em 2012 as três transmitirão as Olimpíadas de Londres. Na internet o Portal Terra transmitiu os Jogos de Pequim 2008 e irá transmitir também em 2012. Os direitos do Rio de Janeiro 2016 para o país foram adquiridos pelo consórcio Globo/Bandeirantes pelo valor de 75 milhões de dólares com exclusividade em todas as mídias, exceto na tv aberta, permitindo a Record a compra dos direitos de transmissão.

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