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São Paulo fez a cesta da vitória a um segundo do fim da prorrogação (Foto: Rubens Chiri/São Paulo FC) |
O NBB iniciou os embalos deste sábado (3) à noite com dois grandes jogos finalizados nas prorrogações e que renderam a classificação para as quartas de final aos seus vencedores. O Bauru Basket levou a melhor sobre o Paulistano/Corpe por 85 a 80 e o São Paulo bateu o Caixa/Brasília Basquete em 78 a 77.
Os bauruenses, que abriram a rodada noturna às 18h em sua casa, no Panela de Pressão, precisaram de cinco jogos para confirmar o favoritismo e fechar a série em 3 a 2.
Também mandante, o São Paulo entrou em quadra no Ginásio do Morumbis meia hora mais tarde e, contrariando a ordem da tabela de classificação, passou pelo Brasília por surpreendentes 3 a 1.
As equipes, no mínimo, repetem as campanhas da temporada passada. Desta vez, como farão o confronto direto na próxima fase, uma terá a chance de alcançar a semifinal e melhorar a performance.
Destaques
Dontrell Brite e Alex foram extremamente importantes para a vitória de Bauru, combinando para 46 dos 85 pontos. O armador norte-americano foi o cestinha da partida com 26 e coletou oito rebotes, enquanto o experiente ala/armador de 45 anos fez 20 e ainda contribuiu com mais sete assistências.
O armador Ferreyra anotou 15 pontos para o Paulistano.
Pelo duelo que classificou o São Paulo, Ricardo Fischer acertou a bola decisiva, foi o cestinha da partida com 20 pontos e cooperou com oito assistências. Coelho marcou 16 pontos e foi importante nos rebotes, com nove. O pivô Ansaloni registrou um duplo-duplo de dez pontos e 13 rebotes.
Gemadinha despejou 18 pontos e nove rebotes pelo lado dos brasilienses.
Bauru Basket (5°) x Paulistano/Corpe (12°)
Brunão, principal 'dunker' do NBB, iniciou mostrando seu cartão de visitas justamente com uma enterrada para abrir o placar para o Paulistano. Com outra assistência de Landeira, o ala/pivô invadiu o garrafão e, no ato do arremesso, sofreu a falta e ainda assim o converteu. Além disso, ganhou o lance de bonificação, no qual também acertou para anotar os cinco dos sete pontos de seu time (7 a 4) em três minutos. Logo na sequência Dontrell Brite anotou seis pontos consecutivos.
Bauru e Paulistano fizeram um primeiro quarto explosivo e com repertório balanceado ofensivamente. Ambos registraram 50% nos chutes de três (4/8 para cada), bateram sete lances livres, com apenas um erro dos visitantes, e tiveram aproveitamento acima dos 60% nas bolas para dois pontos. O placar foi favorável em 28 a 25 para o Paulistano.
Já o segundo período, entretanto, teve uma queda brusca nas porcentagens de arremessos, principalmente pelo lado do time da capital, que saiu zerado nas bolas de três e não cobrou lance livre. Para efeitos de comparação, houve decréscimo de 20 pontos entre os quartos. Bauru conseguiu se sobressair, fez 15 a 8 e foi para o intervalo vencendo por 40 a 36.
Apresentando maior volume no ataque, mas novamente com baixo índice de conversões, o Paulistano viu os donos da casa abrir dez de frente. Houve paralisação no sexto minuto do terceiro período devido aos desgastes no piso. O staff do ginásio passou fitas adesivas por cima e o jogo foi reiniciado com uma pequena reação do time de vermelho, que diminuiu o prejuízo para sete (57 a 50).
Sentindo um pouco mais o desgaste físico, Bauru não sustentou sua vantagem na metade inicial da quarta parcial e sofreu o empate numa bola de três de Crescenzi. A partir deste lance, os minutos derradeiros foram mais travados e tensos. O Paulistano tomou a dianteira, teve a chance de manter os três pontos, mas Landeira errou seus dois lances livres a 40 segundos do fim. Nas sequência, Wesley Mogi converteu apenas um, porém o suficiente para igualar o marcador. Ainda houve tempo para uma posse de bola para cada equipe, no entanto, as defesas foram eficientes e ninguém saiu vencedor no tempo normal.
A prorrogação iniciou diferente, com os ataques mais prolíficos. No primeiro sinal de instabilidade do Paulistano, os donos da casa aproveitaram e anotaram cinco pontos consecutivos com dois restantes para o fim. Demétrius pediu tempo, mas seus comandados não conseguiram reverter a desvantagem. O Bauru administrou o relógio, venceu por 85 a 80 e carimbou sua passagem para a próxima fase.
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Alex tentando arremesso durante a partida contra o Paulistano (Foto: reprodução/Fernando Vieira de Sá/NBB) |
São Paulo (13°) x Caixa/Brasília Basquete (4°)
Apesar de coletar cinco rebotes na quadra ofensiva, o São Paulo não aproveitou as chances e esbarrou em seu baixo aproveitamento nos arremessos de três pontos, acertando apenas um em oito. O Brasília também não teve uma porcentagem alta, mas suas três bolas convertidas do perímetro fizeram a diferença para levar o primeiro quarto em 19 a 15.
O cenário ofensivo são paulino permaneceu o mesmo na parcial posterior, ao passo que os visitantes melhoraram e foram superiores nos números de rebotes, tiveram mais agressividade e contaram com os lances livres para ampliar e colocar a vantagem 37 a 26 na ida para os vestiários.
Brasília voltou com estratégia diferente e focou nos chutes de três. Contudo, a eficiência foi baixa, com somente um acerto em 13 tentativas, o que rendeu o ínfimo aproveitamento de 7,7%. Já o tricolor, orquestrado pelas boas distribuições de Ricardo Fischer, ampliou seu repertório e contou com a força de Ansaloni no garrafão, que anotou seis pontos e apanhou seis rebotes para cortar a diferença para três.
Malcom Miller, que estava com apenas quatro pontos no jogo, chamou a responsabilidade no início do quarto período e anotou seis para empatar. Paulo L. acertou sua tentativa para três e o São Paulo passou à frente pela primeira vez desde o início do confronto. O ala/pivô ainda aproveitou um rebote vindo de um arremesso para três de Bennett que nem tocou o aro e fez a bandeja para dar um alívio por quatro pontos.
A diferença, entretanto, foi pulverizada numa sequência de faltas - incluindo uma técnica - do São Paulo, que culminaram em quatro lances livres convertidos pelos brasilienses, a igualdade no placar em 62 a 62 e a segunda prorrogação da noite.
O equilíbrio persistiu e o fim do tempo extra foi agitado. Num erro do São Paulo, Pedro Mendonça roubou a bola, correu livre para fazer a bandeja e colocou três de diferença. A partir dali deu-se inicio a uma 'trocação' entre as equipes. Colho fez dois para os mandantes, Gemadinha acertou uma bola de três que parecia encaminhar o triunfo dos candangos, mas o próprio Coelho respondeu na mesma moeda com o cronômetro a 16 segundos do fim.
Gemadinha, principal pontuador do Brasília no jogo, teve a chance de novamente aumentar a vantagem. No entanto, o que parecia ser difícil, aconteceu: o armador, até então com três acertos em três tentativas, errou os dois lances livres decisivos.
O São Paulo, com déficit de um ponto, teve a posse de bola para virar o placar. Ricardo Fischer usou sua experiência para gastar o tempo, conduziu a bola até a lateral da tabela, arremessou da meia distância, converteu a um segundo do estouro do relógio, deu a vitória em 78 a 77 e a vaga de forma emocionante para o tricolor.
Próximos jogos
Com suas respectivas classificações, Bauru Basket e São Paulo agora se enfrentam pelas quartas de final.
A Liga Nacional de Basquete (LNB) divulgará em breve as datas desta e das demais séries.
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