Últimas Notícias

O que o Brasil precisa fazer para vencer a poderosa Dinamarca no Mundial de handebol?

 

Brasil tem a melhor campanha da história em Mundiais. Foto: Divulgação/CBHB

A campanha do Brasil no Mundial masculino de handebol, disputado na Croácia, Noruega e Dinamarca, é histórica. Sob o comando de Marcus Tatá, a equipe venceu três potências europeias (Noruega, Suécia e Espanha), confirmou seu favoritismo nos confrontos contra Estados Unidos e Chile e, apesar de um bom começo, sofreu uma virada na única derrota até agora, contra Portugal.

A inédita classificação para as quartas de final marca a primeira vez que uma equipe sul-americana chega a esta fase do Mundial. Em todo o continente, apenas Cuba, em 1999, ficou entre as oito melhores equipes. Agora, o Brasil tem um difícil confronto de mata-mata contra a Dinamarca, tricampeã mundial consecutiva, com títulos em 2019, 2021 e 2023, e atual campeã olímpica – no título em Paris 2024, aplicou a maior goleada da história das finais olímpicas (39 a 26 contra a Alemanha).

Para derrotar a Dinamarca, nesta quarta-feira (29), às 13:30, o Brasil precisará de uma grande atuação defensiva. O lateral-direito Mathias Gidsel é a principal referência no ataque dinamarquês. Com um aproveitamento de 67%, Gidsel marcou 49 gols e é artilheiro do Mundial.

A seleção escandinava balançou as redes 225 vezes em seis partidas, com uma média superior a 37 gols por jogo. Enquanto a Dinamarca possui dois jogadores entre os 10 maiores goleadores, o Brasil conta com apenas um entre os 20 primeiros: Haniel Langaro, com 28 gols, o artilheiro da equipe até aqui.

No lado brasileiro, dois goleiros se destacam. Rangel, com 40% de eficiência (67 defesas em 167 tentativas), e Mateus Buda, que entrou nas cobranças de 7 metros e foi titular contra a Espanha, com 34%. Ambos figuram entre os dez melhores goleiros do torneio. Do outro lado, o destaque nas estatísticas é o goleiro dinamarquês Emil Nielsen, com quase 44% de defesas. 


Brasil se destaca na velocidade e nos 7 metros

Um dos pontos fortes da seleção brasileira é a velocidade no contra-ataque, principalmente quando aproveita os erros do adversário. O Brasil tem 80% de eficiência nesses lances e aproveita a superioridade numérica para confirmar a transição rápida da defesa para o ataque.

No entanto, esse fundamento pode ser dificultado contra a Dinamarca. A seleção dinamarquesa é a mais disciplinada do torneio, com apenas nove exclusões de 2 minutos, enquanto o Brasil soma 21.

Nos lances livres, o ponta-direita Rudolph Hackbarth é o grande destaque do Brasil. Contra a Espanha, na última rodada do main round, ele converteu todas as cinco tentativas que teve. A seleção brasileira marcou 18 gols em 7 metros, com uma taxa de aproveitamento de 82% (18/22). Já a Dinamarca teve apenas 14% de defesas nos 7m, enquanto os goleiros brasileiros defenderam 40% das tentativas.

Bryan Monte e Guilherme Borges brilham em momentos decisivos

O lateral-esquerdo do Montpellier, da França, tem se destacado nos momentos mais importantes do Mundial. Aos 21 anos, Bryan está disputando seu segundo Mundial e, apesar da expulsão contra a Suécia, que quase custou a virada na parte final da partida, foi fundamental nas vitórias sobre Noruega e Espanha. Até o momento, ele acumula 22 gols e 9 assistências na competição.

Bryan Monte com a camisa da seleção no Mundial. Foto: Divulgação/CBHB.

Contra os hispânicos, Bryan teve um início irregular e precisou cobrir a posição de lateral-direito após Gustavo se chocar e ficar fora de parte do primeiro tempo. No segundo tempo, ele se encontrou em quadra e marcou gols indefensáveis de longa distância, conduzindo o Brasil à histórica vitória. Sua performance rendeu a ele o título de MVP da partida. É comum que o desempenho do Brasil acompanhe a boa fase em quadra do lateral.

Outro jogador que se destacou em momentos cruciais de Guilherme Borges. Conhecido como Santista, o pivô fez uma partida memorável contra a Suécia. Além de frear as ações ofensivas dos escandinavos, ele participou ativamente das rápidas transições do Brasil. Em um dos lances mais bonitos do torneio, o pivô saltou para o gol e encaixou um arremesso de rosca espetacular. A Federação Internacional de Handebol (IHF) elegeu o gol como o terceiro mais bonito do Mundial até agora.

0 Comentários

Digite e pressione Enter para pesquisar

Fechar