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| Foto: Sputnik/Mikhail Tereshchenko/Kremlim |
A ameaça não será cumprida. Vladimir Putin, que havia ordenado que os Jogos da Amizade fossem realizados na Rússia em 2023 para competir com os Jogos Olímpicos, anunciou em um decreto na segunda-feira, 2 de dezembro, que estava desistindo da ideia por tempo indeterminado. A competição estava inicialmente marcada para setembro em Moscou e Ecaterinburgo.
"Para proteger os direitos dos atletas e organizações esportivas ao livre acesso às atividades esportivas internacionais", o Sr. Putin ordenou "adiar até uma decisão especial" a realização dos Jogos Mundiais da Amizade, de acordo com o decreto publicado em um site oficial do governo russo.
Após a ofensiva contra a Ucrânia em 2022, a Rússia foi banida do esporte mundial. Foi nesse contexto, e em um momento em que a participação de atletas russos nos futuros Jogos de Paris estava sendo considerada, que o Sr. Putin lançou a ideia de organizar uma competição paralela. Após um processo de seleção muito rigoroso pelas várias federações internacionais e pelo Comitê Olímpico Internacional (COI), a Rússia foi finalmente representada em Paris por apenas uma pequena equipe de quinze atletas, competindo sob uma bandeira neutra e banidos da cerimônia de abertura.
Os atletas autorizados a competir tiveram que mostrar que não apoiaram a intervenção militar russa na Ucrânia e que não pertenciam a um clube esportivo ligado às forças armadas ou de segurança, como às vezes é o caso na Rússia. Privados de sua bandeira e hino na capital francesa, muitos atletas russos optaram por desistir das competições, denunciando critérios "discriminatórios".
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