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Foto: Gustavo Alvez/CBAt |
Os atletas do lançamento do dardo Stefany Beatriz Navarro da Silva (AA Paranavai-PR) e Arthur Monteiro Curvo (AABB-MT) foram destaque das disputas deste sábado (16/8) do Campeonato Brasileiro Interclubes Sub-23 de Atletismo, que prossegue até domingo (18/8), em Bragança Paulista, São Paulo, com entrada franca e transmissão ao vivo da TV Atletismo Brasil.
Stefany, de 21 anos, levou a medalha de ouro com 52,33 m. Eduarda Merigo Vieira (APA/SECEL Jaraguá do Sul) ficou com a prata e Beatriz Cleudo (Exército-Praia Clube-Futel-MG) com a de bronze.
Arthur Curvo, de 19 anos, venceu com 67,20 m, ambos obtiveram suas melhores marcas da temporada. O atleta segue, na próxima semana, com a seleção brasileira para o Campeonato Mundial Sub-20 de Atletismo de Lima, no Peru, de 27 a 29 de agosto. Disse que está muito feliz pela convocação para o seu primeiro Mundial da World Athletics.
Arthur começou no atletismo no IVL-MT - treinava na escola rural Ehren Nova Esperança -, em Cuiabá. Fez várias provas na iniciação. "Eu gostava de correr, participava da Corrida de Reizinho na minha cidade, tive bolsa atleta do Estado por resultados no 4x100 m." Foi o professor Elias Neves Ramos quem descobriu Arthur Curvo para o lançamento do dardo, ainda o seu treinador atualmente. "Fui me destacando, pegando amor pela prova."
Nos Jogos Olímpicos de Paris-2024 o mineiro Luiz Maurício da Silva (Praia Clube-Exército-Futel-MG) garantiu o Brasil em uma final do lançamento do dardo após 92 anos, alcançou a 11ª colocação, com a marca de 80,67 m. Antes, o atleta passou à final com o resultado de 85,91 m, recorde brasileiro e sul-americano. O Brasil tem também o manauara Pedro Henrique Nunes que este ano lançou 85,11 m e é o segundo no Ranking Brasileiro.
Arthur Curvo é o terceiro do ranking nacional adulto com 72,22 m. "Minha expectativa é avançar para a final do Mundial Sub-20 em Lima. Sei que será uma competição muito forte e o primeiro passo será colocar o pé na final", disse Arthur que sonha ir para uma Olimpíada, quem sabe a de Los Angeles-2028. "O índice olímpico é sempre muito forte, mas eu comecei a acreditar que é possível, inspirado nos brasileiros que chegaram lá."
Nos 800 m, Sabrina Gabrieli Pena (IPEC Londrina FEL-PR), com 2.09.00, e Louise Rosa Braga (CASO-DF), com 2.11.42, ambas convocadas para o Mundial de Lima, ficaram com as duas primeiras colocações no Brasileiro Sub-23. Stefany dos Santos Ribeiro (AMB), com 2.11.56, ficou com medalha de bronze.
No salto em distância Vanessa Sena dos Santos (AD Centro Olímpico) - que também integra a seleção brasileira que vai ao Mundial Sub-20 - saltou 6,29 m (-0.5) e dividiu o pódio com Nemata Nikiema (6,31 m), atleta de Burquina Faso que competiu pela ADC São Bernardo. Maria Eduarda Cândido Teixeira (ADC São Bernardo-SP) conquistou a medalha de bronze (5,90 m, 1.2).
Thiago Borges Santos Lacerda (AABB-MT), ficou com a medalha de prata (67,20 m) e Jackson Amaral da Silva (Projeto Atletismo Campeão-PE) com a de bronze (60,18 m).
Maria Eduarda Ferreira Barbosa (Praia Clube-Exército-Futel-MG), no salto em altura, e Regicleia Cândido da Silva (ADC São Bernardo-SP), no salto triplo, comemoraram muito os seus títulos.
Regicleia ganhou o salto triplo com 13,56 m (0.8). "Estou feliz pela fase que estou vivendo. Desde que eu treinava em Cerro Corá (RN) e ia de bike do Sítio Verde até o campo de futebol, local de treinamento, até há três anos, quando cheguei aqui em São Paulo, comemoro a minha primeira seleção brasileira, depois de medalha em Troféu Brasil e GP", disse Regicleia, de 22 anos, que se qualificou para o Campeonato Sul-Americano Sub-23 de Atletismo de Bucaramanga, Colômbia, de 27 a 29 de setembro.
"Agradeço aos meus treinadores (Edilson Oliveira, com quem trabalhou dos 12 aos 19 anos, e Tania de Paula Moura, técnica atual) e o meu sentimento é de muita gratidão e a certeza de que o caminho é o trabalho."
Hayla Ester de Oliveira (ASPMP) ficou com a medalha de prata (13.01 m, 0,0)) e Ana Beariz Corassini (Instituto Foz - IAFI) com a de bronze (12,46 m, -0.5).
Maria Eduarda Ferreira Barbosa ficou com o título de campeã brasileira sub-23 no salto em altura com 1,80 m, mesma marca de Arielly Monteiro Rodrigues (EC Pinheiros), que levou a medalha de prata (1,80 m). Maria Eduarda Oliveira (Barra Bonita-SP) conquistou a medalha de bronze (1,76 m).
Duda venceu o Troféu Brasil de 2023 (com 1,84 m, sua melhor marca) e surgiu como destaque da modalidade, mas vinha fora do pódio das principais competições na temporada. "Foi difícil. Venho de mudanças e de grande superação. Estou feliz com o título e no Sul-Americano quero melhorar a minha marca", disse a atleta, que está treinando com Silvana Vieira e Lucas Mendes, em Londrina (PR). Duda disse que a performance de Valdileia Martins nos Jogos Olímpicos de Paris-2024 inspirou atletas mais jovens da prova.
Valdileia igualou o recorde brasileiro de 1,92 m (que pertence a Orlane dos Santos, desde 1989) - e foi a final no Stade de France. Não saltou na decisão olímpica por causa de uma lesão no pé, mas está sendo exemplo para outras brasileiras.
O atleta olímpico Jadson Erick Soares Lima (EC Pinheiros-SP) foi o campeão brasileiro sub-23 dos 400 m, com a marca de 46.03, seguido por Gabriel Douglas Araújo (Unievangélica/Corujão Runnin-GO), com 46.39 e Vinícius Moura Galeno (CASO-DF), com 46.67.
"Tentei fazer uma prova bem rápida e vim para ser campeão e me classificar para o Sul-Americano. Quero ser campeão sul-americano e correr mais vezes na casa dos 45 segundos para depois melhorar mais", disse Jadson, que treina com Sanderlei Parrela, assim como Matheus Lima, também atleta olímpico que disputará a final dos 400 m com barreiras neste domingo (18/8).
Nos 400 m feminino a vitória foi de Erica Geni Barbosa Cavalheiro (Instituto Foz-IAFI-PR), com 53.49. Julia Ribeiro (Praia Clube-Exército-Futel-MG) ficou com a medalha de prata (53.57) e Stefanie Cechin (IABC/FMEBC-SC) com a de bronze (55.03).
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