Sigla: SYR
Medalhas na história - Ouro: 1 | Prata: 1 | Bronze: 2 | Total: 4
Em Tóquio - Ouro: 0 | Prata: 0 | Bronze: 1 | Total: 1
Primeira participação olímpica - Londres-1948
Maior Medalhista olímpico - Ghada Shouaa (heptatlo), um ouro
A Síria é um país localizado no Oriente Médio, caracterizado por sua grande diversidade cultural, étnica e religiosa. No entanto, desde 2011, vem enfrentando uma guerra civil destruidora, que já gerou deslocamento forçado de mais de 14 milhões de pessoas, das quais quase metade já saiu do país. Atualmente, a Turquia, país vizinho, abriga cerca de 3,3 milhões de sírios.
A crise gerada pela guerra atingiu todos os setores da sociedade – cerca de 70% da população que permaneceu no país necessita de ajuda humanitária – e o esporte não foi exceção. Desde 2016, ano de criação do time de refugiados pelo Comitê Olímpico Internacional (COI), a Síria já teve 11 atletas competindo sob a bandeira neutra.
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Ghada Shouaa, dona do único ouro da história da Síria (foto: AFP/Picture alliance) |
Dentre eles, talvez a história mais conhecida seja de Yusra Mardini, nadadora que após longa luta para chegar a Alemanha fugindo da guerra, participou do time de refugiados da Rio-2016 e de Tóquio-2020. Hoje, ela é embaixadora da boa vontade das Nações Unidaas (ONU) e foi eleita em 2023 como uma das 100 pessoas mais influentes do mundo pela revista Time - junto de sua irmã, com quem fugiu da Síria em 2015. Sua história inspirou o filme "As Nadadoras", disponível na Netflix.
Baseado numa história real, o filme As Nadadoras conta a jornada de duas irmãs que se refugiaram de uma Síria destruída pela guerra em busca do sonho de nadar nas Olimpíadas do Rio em 2016. Já está disponível. pic.twitter.com/wZxIFQ6ilf
— netflixbrasil (@NetflixBrasil) December 2, 2022
Apesar das dificuldades, em Tóquio, o país conquistou uma medalha de bronze, primeira desde Atenas-2004. Man Asaad, do levantamento de pesos (+109kg), foi o atleta responsável pelo grande feito. Ele entra para uma lista seleta de quatro medalhistas sírios ao lado de Ghada Shouaa, ouro no heptatlo em Atlanta-1996; Joseph Atiyeh, prata no wrestling em Los Angeles-1984; e Nasser Al Shami, bronze no boxe em Atenas-2004.
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Man Asaad conquistou a primeira medalha síria em 17 anos. Foto: reprodução Instagram/@man.asaad |
Para Paris, até a publicação deste texto, a Síria já classificou três atletas: Lais Najjar, no individual geral da ginástica artística masculina; Man Asaad, no levantamento de peso acima de 102kg masculino; e um atleta para o hipismo saltos a ser definido pelo comitê olímpico local.
No time de refugiados, cinco dos 36 atletas participantes são sírios que atualmente possuem o status de refugiados em outros países.
Esportes fortes
Levantamento de pesos: modalidade que conquistou uma medalha em Tóquio, a Síria chegará a Paris com chances de fazer história no esporte olímpico do país: conquistar medalhas em duas edições consecutivas de jogos olímpicos e tornar o levantamento de pesos o esporte com mais medalhas olímpicas.
Atletas
Man Asaad (levantamento de peso): em busca de se tornar o atleta sírio mais premiado em jogos olímpicos, o halterofilista chega a sua terceira edição de jogos olímpicos. Bronze em Tóquio-2020, suas performances de destaque no atual ciclo olímpio foram um bronze no mundial de 2022, realizado na Colômbia, e o título de campeão asiático, conquistado em fevereiro deste ano.
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