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Petrúcio Ferreira e Jerusa Geber serão representantes do Brasil em Kobe no Mundial de Atletismo Paralímpico

Petrúcio Ferreira e Jerusa Geber serão representarão o Brasil em Kobe no Campeonato Mundial de atletismo
Foto: Marcelo Zambranna

 Os velocistas Petrúcio Ferreira, da classe T47 (amputados de braço), e Jerusa Geber, da T11 (deficiência visual), competirão no Mundial de atletismo em Kobe, Japão, de 17 a 25 de maio, como os atletas brasileiros mais condecorados nesta competição.

O Mundial no Japão acontece no mesmo ano dos Jogos Paralímpicos de Paris 2024, depois que o Comitê Organizador Local (LOC) solicitou ao Comitê Paralímpico Internacional (IPC) o adiamento do Mundial, originalmente previsto para 2021, devido à pandemia de coronavírus. Isso resultou na realização do evento de atletismo em Kobe no ano seguinte ao Mundial de Paris 2023, onde o Brasil teve seu melhor desempenho histórico, conquistando um total de 47 medalhas, incluindo 14 ouros, 13 pratas e 20 bronzes.

No total, o Brasil acumula 267 medalhas ao longo da história dos Mundiais de atletismo, excluindo a edição de Birmingham 1998 devido à falta de dados do Comitê Paralímpico Internacional (IPC). Essas conquistas incluem 89 ouros, 81 pratas e 97 bronzes.

A mineira Terezinha Guilhermina é a atleta brasileira com mais medalhas na história dos Mundiais de atletismo, com um total de 12, incluindo oito ouros e quatro pratas conquistados entre os Mundiais de Assen 2006 e Doha 2015.

Dentre os convocados, o velocista paraibano é o atleta mais bem-sucedido na história da competição, conquistando cinco medalhas de ouro: venceu os 100m no Mundial Paris 2023; os 100m e os 400m em Dubai 2019; e os 100m e 200m em Londres 2017.

Petrúcio, que sofreu um acidente com uma máquina de moer capim aos dois anos e perdeu parte do braço esquerdo abaixo do cotovelo, é também o atual recordista mundial nas provas de 100m T47, com o tempo de 10s29, e 200m T47, com 20s83.

Por outro lado, a velocista acreana é a atleta da atual Seleção Brasileira com mais pódios em Mundiais da modalidade, acumulando nove até o momento. Apenas na edição de Paris 2023, Jerusa conquistou duas medalhas de ouro: nos 100m e 200m T11.

Em Christchurch 2011, ela subiu ao pódio três vezes naquela edição, com a prata nos 100m e 200m, além do ouro no revezamento 4x100m. A atleta, que nasceu totalmente cega, detém também o recorde mundial na prova que exige mais velocidade, registrando 11s83 nos 100m.

“Eu me sinto muito feliz por estar em mais um Mundial. Será o meu sexto na carreira. Era um sonho conquistar uma medalha nesta competição. E atingir essa marca é uma realização. Mostra que o nosso trabalho está dando certo, tanto com o guia Gabriel [Garcia] quanto com o técnico Luiz [Henrique da Silva]. Estamos com as melhores expectativas para Kobe para somar mais medalhas para a nossa coleção”, afirmou Jerusa Geber.

O atleta fluminense Felipe Gomes também se destaca entre os principais medalhistas da Seleção em termos de quantidade. O competidor da classe T11 acumula sete pódios em Mundiais. Além de conquistar o ouro nos 400m em Paris 2023, ele obteve duas medalhas em uma mesma edição duas vezes. Foi campeão nos 200m e vice-campeão nos 100m em Doha 2015, e ficou com o bronze nos 100m e nos 400m em Dubai 2019.

Outros três atletas brasileiros que estarão em Kobe conseguiram três ouros entre as quatro medalhas mundiais ao longo de suas carreiras. São eles os paulistas Daniel Martins (T20), Beth Gomes (F53) e Thiago Paulino (F57). Por outro lado, a saltadora paranaense Lorena Spoladore (T11) possui cinco pódios em Mundiais, incluindo um ouro, duas pratas e dois bronzes.

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